Nos braços da galera

Nesta semana em que o Terno e Gravatinha completa 12 anos de fundação (15), o Fluminense o brinda, bem como seus milhões de torcedores, com uma bonita e categórica goleada sobre o Cruzeiro, atual bicampeão da Copa do Brasil.

O Blog do Torcedor do Fluminense, três vezes eleito o melhor do país (Prêmio Top Blog), é o mais longevo em atividade, e há anos mantém-se entre os mais acessados da blogosfera. Este escriba, em outra fase da vida aos 40 anos, agradece e cumprimenta seus leitores, dos mais antigos aos recentes.

O T&G tinha apenas um ano quando o Cruzeiro venceu pela última vez o Flu no Maracanã, em 2008. Nesta semana, teve outras duas oportunidades, e em nenhuma delas saiu vitorioso. Pior: deixou o Rio amargando uma derrota por 4 a 1 e levando na mala um punhado de incertezas.

Já o Fluminense, no dia seguinte à despedida de Everaldo, tem ratificada a outrora forte desconfiança de que já conta com duas realidades no time principal: João Pedro e Marcos Paulo.

Em intervalo inferior a 72 horas, JP fez nada menos que três dos cinco gols tricolores sobre a Raposa, e MP participou dos dois convertidos sábado pelo amigo, a quem trata como “fenômeno”.

Já Fred, que marcou época no Flu ao conquistar dois dos quatro títulos Brasileiros do clube, deixou a cidade sem ter finalizado uma vez sequer contra os gols de Rodolfo e Agenor, que ganhou oportunidade como titular – e não decepcionou, antecipando-se a cruzamentos pelo alto e desviando com a ponta dos dedos centros rasteiros da linha de fundo.

A leveza do meio de campo – o volante Allan agarrou a vaga e não a soltou mais – e a agilidade dos laterais Gilberto e Caio Henrique melhoraram notavelmente o padrão do jogo tricolor. O time finalizou mais de 70 vezes só nas últimas três partidas, sem os cangaceiros Bruno Silva e Airton, lesionados.

Na zaga, Matheus Ferraz é daquelas apostas que deram certo. O jogador se impõe por seu estilo, personalidade e liderança. E é ótimo no cabeceio, mostrando-se importante inclusive em suas subidas ao ataque.

Embora tenha sido seu companheiro, Nino, quem abriu, de cabeça, o placar, colocando, com categoria, no contrapé de Rafael.

A goleada sobre um dos elencos mais caros e qualificados do Brasil não apenas deixam os tricolores otimistas quanto a suas possibilidades de classificação na Copa do Brasil como enchem a galera de confiança para o importante jogo de quinta, contra o Atletico Nacional, pela Sul-Americana.

Na última vez que se esbarraram, nas oitavas da Libertadores de 2008, o Flu venceu lá e cá (2 a 1 e 1 a 0), mas isso aí já é outra história.

História, contudo, que a família tricolor anda querendo reviver em futuro próximo.

Mas que passa pelo abraço ao trabalho presente, impróprio para açodados.

Porque se é só devagar que se vai ao longe, é na pressa de trocar treinadores que não se vai mesmo a lugar algum.

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