O Fluminense tem feito da Sul-Americana o seu salão de festas. Quinto colocado entre os 54 clubes participantes no ano passado, o Tricolor está a um passo de disputar o oitavo confronto eliminatório pela competição internacional no biênio 2017/2018 e, no mínimo, igualar a campanha do ano passado.
Registre-se ainda que, à exceção da dramática classificação contra a LDU, com um gol de Pedro, já no fim da partida, o Fluminense tem se imposto na maioria dos confrontos e conseguido passar de fase sem sustos. A despeito da crise financeira que assola as Laranjeiras, o clube, ano a ano, reafirma sua tradição de sempre ir longe em competições da Conmebol.
Só na última década, entre Libertadores e Sul-Americana, o time chegou duas vezes à finalíssima (2008 e 2009) e três vezes à fase de quartas de finais (2012, 2013 e 2017) – quatro, se o time de Marcelo Oliveira confirmar a vaga contra o Deportivo Cuenca, na primeira semana de outubro.
Exatamente um ano depois de ter despachado a LDU dentro de seu estádio (a equipe de Quito já foi eliminada também da edição deste ano, pelo Deportivo Cali, nas oitavas), o Fluminense voltou ao Casablanca para, a despeito de estar há quase três meses sem salários, sair de lá, pela primeira vez, com uma vitória na bagagem, testemunhando ainda o nascimento de um atacante que finalmente desabrochou – Everaldo.
Mesmo atuando a quase três mil metros de altura, o jogador foi importante demais para o time ao ignorar o ar rarefeito e, de maneira ordenada e eficiente, correr como se estivesse fugindo de um tsunami. Sua atuação lhe rendeu seu primeiro gol com a camisa do Flu e a condição definitiva de titular. Everaldo chutou ainda outra bola no travessão, logo depois de marcar, a exemplo do que já havia feito contra o Vitória, no Maracanã.
Luciano, que jogou mais adiantado, posição em que costuma se sair bem, também atuou feito gente grande, ao servir Everaldo no primeiro gol e completar para o fundo da rede cruzamento de Ayrton Lucas, depois de arrancada espetacular do lateral esquerdo tricolor.
Sornoza e Júlio César, este com defesas de elevado grau de dificuldade, também foram importantíssimos para a construção do triunfo tricolor.
Que volta a campo na próxima segunda-feira na Arena Condá, contra a Chapecoense, onde irá em busca de pontos que lhe deem ainda mais tranquilidade para seguir mirando a Sul-Americana e acalentando o sonho do título continental.
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