Alento para um 2020 diferente

Garantido na Série A de 2020 desde o fim da rodada 36, o Fluminense, ao encerramento do campeonato, ainda beliscou a última vaga para a Copa Sul-Americana.

O clube, finalista em 2009, semifinalista em 2018 e outras três vezes nas quartas de final (2005, 2017 e 2019), terá mais uma oportunidade de conquistar a competição, que lhe vem batendo na trave, a despeito das seguidas campanhas ruins em Brasileiros.

Será também a última chance de o Tricolor participar do novo Mundial da Fifa, em 2021, que passará a ser realizado a cada quatro anos, sempre com 24 equipes.

No Brasileiro, disputado por 20, o Fluminense terminou outra vez em posição modesta, incompatível com sua condição de tetracampeão do país – 14º.

Venceu, na última rodada, o Corinthians, em Itaquera, repetindo o feito de 2016, quando Cícero, no minuto final, silenciou a Arena.

Desta vez, foi Evanilson, artilheiro do Estadual e do Brasileiro Sub-20, o goleador tricolor, ao marcar duas vezes, ainda no primeiro tempo – o segundo, uma pintura, que deixou Cássio estático.

O menino valoroso tem contrato só até fevereiro próximo, e não há ainda nenhuma garantia de que vá permanecer nas Laranjeiras.

Os R$ 12,8 milhões que o Fluminense receberá da CBF por sua colocação devem servir para que as promessas de acertos de salários a profissionais do clube sejam cumpridas.

O atraso na folha de pagamento é só uma das tantas razões que explicam por que o Flu vem encontrando dificuldade para segurar seus Evanilsons.

Este, herói em Itaquera, colocou o Flu em vantagem também nos confrontos diretos com o Corinthians: 40 vitórias, contra 39 do adversário, em 111 jogos na história.

O time paulista não conseguiu vencer nenhum dos quatro jogos contra o Tricolor em 2019.

De seus 12 triunfos no Brasileiro, por sinal, sete se deram contra equipes que jogarão a Libertadores de 2020 – Palmeiras, São Paulo, Grêmio (também duas vezes), Internacional e Corinthians.

A irregularidade do tricolor Robin Wood é também reflexo de sua indigna posição na tabela.

A torcida tricolor, que mais uma vez disse presente mesmo diante de tanto maltrato, já inicia movimento para alavancar o número de sócios-torcedores.

Ela não está feliz, apesar do ato final, mas apenas resignada.

Em 2020, o Flu precisa dar um salto de qualidade – não pode mais deixar passar.

Será efetivamente o primeiro ano planejado pela nova diretoria, que assumiu em junho.

Que tudo não tenha sido meras palavras ao vento.

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