Ferimentos leves

O Fluminense perdeu o Clássico Vovô porque lhe faltou ousadia, objetividade, organização e até uma pitada de sorte, se ao menos uma das bolas que chutou na trave tivesse entrado.

Afeito a repetição de escalações para dar padrão ao time, Levir tornou a mexer nos setores de meio de campo e ataque, optando, talvez com zelo excessivo, pela dupla de volantes Pierre e Edson e pela entrada de Samuel no lugar de Henrique Dourado, para preservar o esquema com um centroavante, embora isto não seja necessariamente fórmula de sucesso.

Com Samuel preso entre os zagueiros e a saída de bola comprometida, o time ficou travado, em que pese o campo da Ilha, ruim para os dois, ter contribuído para o empobrecimento do embate.

Num dia em que até Diego Cavalieri se machucou e que Júlio César fez enfim sua primeira partida oficial na temporada (aleluia!), o Fluminense só poderia mesmo chegar ao gol da forma que fez – com um cruzamento de Wellington que pegou no poste de Sidão – e ser vazado também de forma fortuita, depois que Bruno Silva ajeitou sem querer para Neílton marcar.

As opções por Douglas, no intervalo, e Magno Alves, só a 14 minutos do fim, oxigenaram a equipe, que só não chegou ao empate porque outra vez a trave, a má qualidade no passe e o excesso de cruzamentos para a área impediram.

fredO Tricolor reencontra o atacante Fred na próxima segunda-feira, em Edson Passos, num duelo cujo comportamento da torcida e do jogador por si só já serão chamarizes para despertar a curiosidade do público.

Apesar da vitória dos três primeiros colocados – Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG –, as derrotas de Grêmio, Ponte Preta e Atlético-PR mantiveram o Flu estacionado em oitavo e deixaram o time ao alcance da sexta posição (ou quinta, dependendo do resultado de Internacional x Santos, quinta) já na 24ª rodada.

Ferimentos leves.

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156 thoughts on “Ferimentos leves

  1. Garcez,

    Devíamos mandar as sugestões colhidas daqui para o Fluminense.

    Taí, gostaria de ver os treinadores dos adversários cariocas na série A treinando o Tricolor ainda nesta gestão. Um de cada vez, é claro! Mas nas mesmas condições oferecidas pelo clube aos outros treinadores.

    Venho vendo esta turma jogando há muito tempo de forma irregular, por vezes com um futebol horroroso, mesmo quando vencia. Sempre dependemos de treinadores que tinham que se impor ali e aqui. Poucas vezes me lembro de o time jogando de forma regular e com um futebol vistoso.

    Um dia melhora!

    ST

  2. Nós, tricolores, sempre terminamos mal a semana, quando o Fluminense perde, ou empata com gosto de derrota.
    Amanhã é segunda-feira e eu já estou pensando como será o restante dela, depois do jogo com o Galo.
    Se, por um lado, nunca perdemos na “Arena Tricilor”, por outro lado, o adversário é o Galo, um timaço, marca a hora que quer, tem Robinho, Lucas Pratto e um atacante recentemente contratado chamado Fred, que sabe e gosta de fazer gols, especialmente contra times em que atuou, não é Cruzeiro?
    Minha intuição de tricolor pisciano não é boa! Acho que vamos levar um “sacode”.
    Nosso time é medíocre, instável, estamos em setembro e até agora não tem um padrão de jogo e desempenho definido, nosso técnico é um boçal e “last but not least” o Presidente do clube é um tremendo pé frio.
    Não podemos perder, na pior das hipóteses podemos empatar, pois os que vem atrás de nós (Botafogo, São Paulo etc) estão acelerando e o Brasileiro chega naquela fase de definição tanto do G4 quanto do Z$, ou seja, aquela embolada começa a se desfazer, para o bem e para o mal.
    Que a segunda-feira nos seja leve é tudo o que eu espero!

    1. Pois é Pedro amanhã saberemos se nos manteremos na posição que parece ser a nossa sina nesse Brasileirão: MEIO da tabela, ou se esses caras se encherão de brios e nem que seja na raça (já que futebol eles insistem em não apresentar nesse Brasileirão) vençam o CAM e subam 3 posições na tabela indo a sétimo, já que caso isso ocorra somaremos os mesmos pontos do Grêmio, mas acho difícil suplantá-los no saldo de gols.

      Nossos rivais cariocas, que começaram lá embaixo povoando a Z4, um pelo visto brigará pelo título e na pior das hipóteses cavará uma vaguinha no G4 e na Libertadores 2017 (é o vice líder e com um treinador tampão que assumiu no lugar do Muriçoca e deu certo) e o outro que estava capenga na competição e muitos apostavam no seu rebaixamento, lugar que ficou por várias rodadas, com um treinador emergente e desconhecido (pelo menos para mim) terminou hoje a nossa frente (será porque né?) na tabela e só uma vitória amanhã, portanto, nos recolocará novamente à frente deles.

      Como você bem disse, enquanto alguns adversários aceleram, o nosso Flu insiste, com um treinador renomado e experiente (mas que no Flu tem sido um tremendo pé frio), em se manter EMPACADO ou dando macha à ré. Não se vê nos jogadores das Laranjeiras a mesma gana em campo, que estamos vendo nos nossos rivais.

      Também espero uma segunda leve, mas com todo esse cenário, ela poderá terminar é pesada demais, para todos nós tricolores.

  3. Prezado Amaury

    Agradeço pela distinção com que me honrou com a leitura de meu comentário em resposta ao seu em 10/09, e acreditando como você que estamos aqui para exercer nossa capacidade de opinar e participar de um debate construtivo a respeito do nosso querido Fluminense.

    Obviamente que preciso fazer alguns reparos a algo que você cita em sua resposta. Em primeiro lugar, eu não fiz uma afirmação de que a sua “intransigência” (as aspas são suas) tenha me levado a abster-me dos comentários. Na verdade, eu quis pontuar que em outros momentos, por discordar das opiniões dos torcedores que exaltam a administração do presidente PS, fui tratado com certo deboche por alguns que classifiquei como admiradores de sua pessoa como comentarista e torcedor.

    Posso afirmar que já tivemos um embate anterior, de caráter muito respeitoso, à respeito dos mesmos temas que agora nos colocam novamente em oposição, a qualificação da gestão atual do FFC. Surpreendeu-me inclusive a polidez do comentário do Reis, que teve a percepção que, embora divergindo nas opiniões, eu quis contribuir para o debate em torno de nossas visões distintas do momento atual de nosso querido Fluminense.

    Eu em nenhum momento usei o termo “desequilibrado” para insultar a figura do presidente PS, aliás, considero-me isento de qualquer tipo de agressão verbal ao ilustre presidente, apesar de discordar predominantemente das ações do sr. dirigente, em particular, no âmbito do futebol profissional. Nesse ponto, eu continuo afirmando que as atitudes do departamento de futebol, sob a responsabilidade política do sr. presidente, sempre se demonstraram lesivas aos interesses dos que amam e escolheram o Fluminense para torcer. Sempre me referi aos prejuízos morais que ficaram latentes durante os dois períodos de gestão do sr. PS. Sempre discordei das atitudes dele em relação ao futebol, mas creia-me, jamais o insultei como alguns fazem por vontade própria.

    Também não faço política partidária, nem faço parte de nenhuma facção de oposição, ainda que certa vez um dos comentaristas me “questionou” como se eu estivesse à serviço de um certo personagem da história recente, citado como potencial candidato nas eleições, mas que eu já demonstrei por aqui total rejeição para a presidência do clube. E nisso me pareceu que vi a sua
    concordância.

    Quanto às minhas dúvidas sempre levantadas sobre a transparência nas ações administrativas e financeiras, reitero que, em que pese os possíveis acertos com as dívidas da instituição com os poderes públicos, fruto certamente das administrações permissivas anteriores, sempre critiquei e jamais deixarei de enxergar os prejuízos financeiros revelados nos resultados reais nos campos de futebol com as contratações equivocadas de jogadores caros e de qualidade questionável.

    Repito que sempre me refiro às informações divulgadas nos sites de notícias à respeito dos salários e dos valores pagos pelos direitos desses contratados. A lista é grande nas duas últimas gestões, mas me abstenho de citar nomes porque as opiniões divergem entre nós torcedores sobre a qualidade dos jogadores que compõem os elencos do Flu. Nesse caso, considero que minhas dúvidas e, portanto, minhas opiniões aqui expressas não podem ser consideradas como “atirar lama na honra de pessoas”.

    Como eu disse não tenho provas documentais, mas posso opinar sobre as notícias que leio nos meios de comunicação, únicos meios que nós torcedores temos para tomar conhecimento das ações políticas das administrações do clube para o qual torcemos. E, reitero, todas as ações, incluindo as tomadas pelas comissões técnicas em campo, recaem na responsabilidade de quem tem o poder político sobre todo o clube e, portanto, na atuação dos times nas disputas das quais participa.

    Creio que me faço entender, e concordo que não somos inimigos nem adversários, porém somos livres para expressar opiniões divergentes sobre algo comum. Caro Amaury, extendendo ao Reis, divergimos fraternalmente mas somos privilegiados por termos escolhido o Fluminense como clube de nossa paixão.

    Saudações tricolores

  4. STT.
    Levir na entrevista:
    – Na verdade nós temos os jogadores, mas esse é um problema de conjunto. Falta a alimentação, a organização do time para fazer a bola chegar no ataque. Não temos grandes cruzadores. Nossos laterais são mais marcadores. Quando se tinha o Fred e o Diego (Souza), os dois trabalhavam bem por dentro e as bolas iam muito na área. O Fluminense dependia muito deles. Agora temos jogadores rápidos pelo lado e organizadores pelo meio. Por isso que o Dourado sofre um pouco, mas estamos tentando melhorar – disse o treinador. FONTE: gobo.com de 11/09

    Temos tudo, falta técnico com treinamentos específicos e sérios.
    Saudações Tricolores.

    1. Caro Juarez Franco, muito bacana a sua ideia de reproduzir fragmentos da entrevista do nosso treinador! Interessante, é que fica muito clara a opinião do Levir em relação ao grupo de jogadores. (Bom) – O Levir simplesmente joga por terra as opiniões de alguns companheiros do blog, inclusive do nosso bom Garcez. Não raras são as vezes em que tentando defender o Levir, ambos dizem que o grupo não ajuda, …não vai muito longe; o Levir está fazendo milagres, tirando leite de pedra, faz chover, etc etc. Atribuem, inclusive, o pífio desempenho do trabalho do treinador a reunião e até ao sobrenatural. – Juarez Franco, concordo com você. TEMOS TUDO, FALTA TÉCNICO COM TREINAMENTOS ESPECIFICOS E SERIOS. ST

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