Marcão repete Oswaldo em noite de eliminação

Contra um adversário que conta hoje com um dos principais elencos do continente, e muito bem dirigido por Cuca, o Fluminense, mesmo em desvantagem no confronto da Copa do Brasil, preferiu não arriscar.

Desde os primeiros minutos, a proposta tricolor era clara: passar o cadeado na defesa e jogar por uma bola vadia, que, serelepe, até se apresentou no primeiro tempo, mas Fred e Luiz Henrique não aproveitaram.

O esquema excessivamente cauteloso de Marcão desmoronou de vez, depois que Danilo Barcelos fez pênalti, na volta do intervalo.

Hulk bateu, colocou o Atlético-MG na frente e a situação do Flu, que já era difícil, ficou quase impossível, porque passou a precisar de três gols, ante uma equipe raramente vazada.

Dois poderia servir? Em tese, porque levaria a disputa da vaga para os pênaltis.

Mas o histórico de defesas de Marcos Felipe em cobranças de tiro livre direto é tão lamentável quanto o de Alex Muralha – só em 2021, dos 15 marcados contra o Flu, 14 pararam na rede.

Será que isso foi levado em conta na estratégia de cozinhar o jogo em banho-maria e surpreender o Galo com uma bola?

Goleiro Muriel, durante Fluminense 1 x 1 Corinthians, realizado no Maracanã, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana de 2019, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 2019, Oswaldo de Oliveira fez o mesmo contra o Corinthians, no Maracanã lotado, pela Copa Sul-Americana – ali, ao menos, contava com Muriel, superior a MF neste fundamento.

Saiu atrás, conseguiu o empate, mas o critério de desempate classificou os paulistas.

Ah, mas o atual Atlético-MG é muito mais time que aquele Corinthians?

Sem dúvida, mas tanta lá quanto cá, a covardia cobrou o preço.

E se a ideia era jogar assim, com o time ainda por cima tão tolido de opções, custava então esperar passar este jogo para liberar Nenê?

Vai entender o que pensaram…

Ao menos no Brasileirão, o Flu vem escalando a montanha.

Colado no G6, o time tem tudo para emplacar outra Libertadores em 2022, ano que lhe será marcante, porque de 120 anos de fundação, além de Copa do Mundo e, quiçá, volta do público aos estádios.

O Flu chega lá, caminha para isso.

Ainda mais provável, se com uma pitada de ousadia.

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Foto: Lucas Merçon/FFC

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