“Nem melhor, nem pior. Apenas uma escola diferente”, diz o lema do Grêmio Recreativo Acadêmicos do Salgueiro, nove vezes campeão do Carnaval do Rio de Janeiro.
Também conhecida como Academia do Samba, a escola tem a torcida de muitos de meus familiares, como meu irmão, Gustavo, minha avó Christina, meu primo Guilherme, por muitos anos à frente da Furiosa, como é historicamente chamada a bateria do Salgueiro, entre tantos outros parentes.
Apesar de não entender e não gostar de Carnaval, era natural, por essa razão, que me tornasse simpatizante da Vermelha e Branca, pela qual desfilei uma vez, em 2000, na ala das lagostas, com um crustáceo inflável gigante na cabeça.
Era noite do Desfile das Campeãs, lugar cativo do Salgueiro, quase sempre lá (participou, ininterruptamente, dos últimos dez). Eu me aproveitara de uma desistência de última hora para acrescentar mais essa experiência à minha vida. E lhes digo: foi inesquecível.
Nunca havia sequer pisado na Marquês de Sapucaí, nem mesmo como espectador. A escola entraria por volta das onze da noite. Porém, mais de uma hora e meia antes, fantasiado de lagosta, todo de vermelho, já havia desembarcado na Estação Praça Onze, de metrô. Estava com cerca de uma dúzia de parentes, o que fazia daquela farra ainda mais divertida.
Do lado de fora, já posicionados em nossa ala, olhava à volta e via carros alegóricos gigantes, belíssimas alegorias, adereços e corpos seminus purpurinados. Tudo com espanto e admiração.
A Noite das Campeãs não requer a mesma disciplina. Com o resultado final já definido, os componentes desfilam sem compromisso, mais relaxados, apenas curtindo a ocasião. O diretor da nossa ala apenas pedia que não dispersássemos e andássemos sempre em bloco. De resto, foi tudo com a gente.
Valia acenos para o público, chutar serpentinas na pista, saudar celebridades nos camarotes (vi a saudosa Hebe Camargo e acenei para o maestro Júnior, que, com o polegar direito, pareceu aprovar minha performance, ou, mais provavelmente, apenas quis ser gentil), mandar beijinhos para as câmeras de TV…
É comovente atestar a felicidade de todos no sambódromo. Não me recordo de ter visto um só rosto sério nas arquibancadas. Em geral, as pessoas estão cantando o samba-enredo enquanto se abanam com leques de papelão com a marca de uma cerveja qualquer, rindo, sambando, dando adeusinhos ou até mesmo pedindo partes de nossas fantasias (sim, minha lagosta inflável resistiu).
A magia, porém, acabou em pouco mais de 20 minutos, quando cruzei o portão de saída do sambódromo, lamentando que tudo tivesse passado tão rápido. Tomado pela adrenalina e emoção, a sensação que temos é de que o tempo se esvai mesmo em instantes, sem nem bem o sentirmos.
Foi uma experiência marcante, inesquecível, mas que passou. Eu a vivenciei. Ponto. Não pretendo repeti-la. Perto de completar 40 anos, meus Carnavais continuam sendo como sempre foram: na tranquilidade da serra, à beira da piscina, com um mate gelado ao lado. Cheguei ainda a voltar uma vez à Sapucaí, em 2005, ao ganhar dois ingressos de cortesia da minha sogra, Janete, então funcionária da prefeitura, mas, sob chuva fina e sentado no concreto, Chris e eu fomos embora depois da terceira ou quarta escola.
Não gosto de assistir aos desfiles, mas curto a apuração. Nos impressos, informo-me superficialmente sobre o desempenho das escolas e acompanho, na Quarta de Cinzas, a divulgação das notas.
Quando o Salgueiro ganha, fico feliz pelos meus, mas, se perde, lamento tanto quanto uma derrota do Flu Samorin.
Do sorriso de nosso povo, ainda que efêmero, é que faço o meu Carnaval.
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Danado mesmo ficarei em caso de vitória do Salgueiro na quinta (15). Homônimo da escola de samba carioca, o clube pernambucano é o adversário do Fluminense na segunda fase da Copa do Brasil, com critérios distintos aos da etapa anterior.
Nesta, o mando é sorteado (deu Flu, que marcou o jogo das 19h15 para o Engenhão) e o empate, com ou sem gols, leva a decisão da vaga para os pênaltis.
O Salgueiro vem de uma derrota acachapante para o Sampaio Corrêa (4 a 0, pela Copa do Nordeste).
O Flu embolsou R$ 1 milhão só por participar da competição e mais R$ 1,2 milhão por ter superado a Caldense. Se avançar à terceira fase, coloca no bolso mais R$ 1,4 milhão, totalizando R$ 3,6 milhões, quase o valor correspondente ao que recebeu do Flamengo nesta semana (R$ 4 milhões), pela venda de Henrique Dourado. A outra metade será depositada em setembro.
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Enquanto isso, o Fluminense anuncia a chegada de mais dois atletas: um goleiro (Rodolfo) e um lateral (Léo).
Mas, vem cá: não está na hora de trazer alguém para o setor de criação, não? E no ataque, vamos mesmo de Pedro e Marcos Júnior?
Tudo bem que, depois de ter levado quase cem gols no ano passado, queiram fechar a retaguarda, mas daí a adquirir SÓ jogadores de defesa não vai resolver a enorme dor de cabeça tricolor.
Gilberto, Jadson, Airton e De Amores completam o sexteto de jogadores contratados até aqui.
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Em tempo: dois dias depois de ter desfilado, em 2000, ao chegar à pelada que joguei por 15 anos nas noites de segunda, ao saudar um amigo que me vira na TV, Owerlack, ouvi dele enquanto o cumprimentava: “João, onde foi que você arrumou aquela fantasia de diabo?”.
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Bom Carnaval! Até quinta, que vou dar um mergulho ali!
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Caros,
Kakistocracia: antiga palavra de origem inglesa (Kakistocracy – do grego kakistos “pior”, superlativo de kakos “ruim”) para designar um governo constituído pelas piores pessoas e/ou as menos qualificadas…
Define a atual direção Fluminense. A Flusócio é Kakistocrática.
SDs T
STT.
Estão maltratando a língua portuguesa, até por certos jornalistas. Chamam um travesti cantor com nome de homem de “a cantora”. O jornalista tem que primar com correção o idioma que fala e escreve. Na antiga Roma, os que eram da elite falavam um latim clássico, enquanto o povo falava um latim popular, que é de onde derivou o português, mas era latim. As pessoas comuns daquela época, falavam com mais correção que muitos jornalistas atualmente. Para se ter uma ideia, um anônimo homem do povo escreveu em uma parede grega: “Muitos muito escreveram, só eu não escrevi.” Na verdade, os muros nas cidades romanas estavam sempre repletas de inscrições, como constatava outro escritor anônimo: “Admiro-me, parede, que não caias em ruínas, tendo que sustentar os momentos de ócio de tantos escritores.” Eram grafites em forma de escrita.
Saudações Tricolores.
Certo faz o Queens que chama ele(a) de “meu amor”, que pode ser usado para qualquer gênero.
ST
É isso aí, depois de um carnaval relativamente tranquilo e a perda de um ente querido ontem (minha tia e madrinha), abro a página da globo. com e me deparo com essa pérola de um dos 3 fanfarrões que querem porque querem acostumar a torcida tricolor com a mediocridade… o ex-treinador e atual ordenhador Abel complicado…os outros dois são Autuori e o cio. Aliás, como se fala em cio… é cio pra lá, cio pra cá, promessa de bom time em 2030… como são ruins esses caras da Flu ócio. Conseguiram arrumar um cara do vôlei, que precisou ler 9 livros para entender alguma coisa de futebol. É exatamente a mesma coisa que se eu quisesse virar cozinheiro e lesse 9 livros de como cozinhar… PQP!
Mas, vamos às palavra do Abel:
‘Tem de ter cuidado. Empate, leva aos pênaltis. E pênalti é loteria. O Salgueiro é um time rápido. Tem um jogador pelo lado esquerdo, o Dadá, que é bom. Tem o Piauí, outro atacante muito bom. Estudamos muito o time deles. A gente tem o exemplo do último jogo contra o Macaé, que foi muito complicado.’
Abel está dizendo (para quem quiser entender) que será um jogo complicado e o Flu tem que tomar cuidado com ‘Dadá’ e ‘Piauí’. Parece falar sobre o Real Madri, mas o Real jogou ontem, né?
vamos esperar o pós-jogo e as desculpas esfarrapadas…
-jogo complicado, estamos sem jogar há muito tempo, não tem mais bobo…
será que tem algum filme na hora do jogo?
Nando,
Mas isso vem de tempos no futebol tricolor.
Afinal, quem não ouviu a desculpa, no último ano de patrocínio master, de que a nossa classificação era proporcional ao investimento, que tinha diminuído? Nada a ver.
Até acho que um título requer condições diferenciadas. Mas vincular uma coisa com a outra é fazer pouco caso com a minha inteligência.
ST
Sim TT, vem de muito tempo, principalmente depois que esse grupo fajuto se apossou do Fluminense, mas agora isso se tornou frequente … há uns anos, as desculpas eram depois de derrotas e empates contra os grandes, depois contra os médios e agora contra qualquer time, por mais medíocre que seja. Esse time aí, vem de duas goleadas (além dessa citada pelo João, também perdeu de 4×0 para o Náutico pelo estadual), ou seja, levou 8 gols e não fez nenhum…e esse treinador falastrão está preocupado com Dadá e Piauí. veja outro trecho da entrevista dele:
– Você sabe que Série C, B e A, não muda nada. O Paraná conseguiu a classificação no último minuto. Você viu o que aconteceu com o Botafogo. Nós temos o exemplo do Atlético-MG. É um jogo diferenciado. Uma equipe está na Série C e ter a chance de jogar no Nilton Santos, no Rio de Janeiro, contra o Fluminense… É o jogo da vida com um agravante: a responsabilidade é toda nossa. Nós vamos encarar com a maior seriedade possível. Esse tipo de confronto vem com surpresas.
Igualzinho ao advogado de defesa (sr. disco voador)… só pega os péssimos exemplos e não os times campeões.
O Fluminense hoje é um antro de falastrões, fanfarrões e sem noção… em outro clube já tinham entrado no cacete há muito tempo. E ainda tem alguns que são tratados como ‘ordenhadores de pedra’.
Preocupado com Dadá e Piauí … PIADA
Tô achando que Sornoza está sendo defenestrado …
Queens,
Revisa isso aí, please!
“Hummmm! Tá vendo q você sabe onde mora as cobras?”
ST
Lefanta
Vai de comediante aí pra baixo que você comporta melhor.
O tamanho do ‘hummmm’ declara o apreço pelas cobras. Você reproduziu babando.
Jacques, a briga é por causa do “m” ou Celsão o Sr. Inflação? kkk
Pois é, e o Mundin é adevogado.
Gui, quanta maldade! kkk É a força da letra “M”?
Gui, relaxe! nesse quesito você é imbatível. Adorei o seu “bossal”. kkk
Guilherme Jorge Vidal Araujo • 12 dias atrás
Horrivel mesmo, PQP
e que coisa mais estranha NO BLOG, porque colocar uma foto da torcida que não corresponde ao momento, ao proprio jogo? mostra a realidade, não tinha ninguem lá.
Daí aparece o Mundin e diz que era casa cheia.
Muito bem desclassificado, esse time é ridiculo, tem o pior treinador do Brasil, o pior presidente de clube do Brasil e o torcedor mais bossal da America do Sul.
FORA FLUSOCIOS
CAMBADA DE LADRÃO!!!
Uma pena que jogou tão pouco tempo no Fluzão!
Jogou muito hoje contra o PSG!
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Caro Garcez,
Quem vai transmitir este “jogão” desta quinta-feira? Pois a Globo e suas filiais (SportV, Premiere) parece que não vão.
SDs T
Oi, Carlos! Fluminense x Salgueiro terá transmissão exclusiva do canal a cabo Fox Sports, a partir das 19h. Um abraço.
Obrigado!