O Fluminense deu um jeito de o continente olhar para ele mesmo numa noite cuja combinação de resultados não lhe favoreceu: massacrou, na Bolívia, o Oriente Petrolero por 10 a 1, naquela que se tornou a maior goleada da história da Copa Sul-Americana e a maior vitória de um clube brasileiro em competições da Conmebol.
Ao fim da partida, um jogador boliviano chorou, envergonhado com a derrota pesada dentro de sua própria casa, em Santa Cruz de la Sierra. Apesar de o Oriente ter iniciado a partida já eliminado, e por isso tenha poupado, ninguém entra em campo pensando em perder — o que dirá por inacreditáveis 10 a 1. Seu sentimento pegou desprevenido todos aqueles que achavam ser indiferente aos mandantes o feito histórico do Tricolor.
Outro aspecto curioso no Ramón Aguilera foi a permanência da torcida no estádio mesmo conforme os gols do Flu iam saindo. Pareciam, apesar da tristeza com a golada, querer desfrutar o bom futebol do time brasileiro, que abriu 6 a 1 só no primeiro tempo. Só não precisava, depois, meia dúzia de delinquentes cometer a ação criminosa de tacar bomba no gramado. Felizmente, a polícia os identificou e os levou para a delegacia.
Germán Cano manteve a fase goleadora e, como Matheus Martins entre os profissionais, fez seu primeiro hat-trick pelo Fluminense — acabaria ganhando o prêmio de melhor em campo. Manoel, Arias, Caio Paulista e Willian Bigode completaram o placar mais elástico do clube em jogos internacionais em 120 anos de fundação.
A vaga não veio por um ponto — o Junior Barranquilla (COL) foi goleado em casa por 4 a 0 pelo Unión Santa Fe (ARG) e acabou caindo para terceiro no Grupo H. Mas o 10 a 1, a menos de 72 horas do Fla-Flu (razão por que Fernando Diniz também mesclou o time), tem poder mobilizador, mesmo ante a desclassificação. Invicto desde a chegada do treinador, o time se enche de moral para o clássico e mantém a confiança de que o trabalho vem sendo bem-feito. Campeão estadual e da Taça Guanabara, o Fluminense vem fazendo da entrega total seu lema para voos altos em 2022.
O Fla-Flu vem aí, e a torcida terá, na arquibancada, a chance de dar também o seu 10 a 1.
Porque, em campo, já sabemos, o Tricolor vai morder.
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Foto principal: Manuel Claire/Reuters
Vendo agora a final da Champions, vendo o Fabinho, que o Fluminense “DEU” por R$ 1 milhão em 2012, pq a turma que estava lá achava que não daria jogador de futebol.
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Diniz, pelo amor de Deus, olha prá base.
Ali está a nossa redenção, nosso ressurgimento como Fluminense.
Também estava vendo a final e fiquei pasmo em saber que em tantas edições da Champions League, nunca um time brasileiro venceu…
ST PA CB
Kkkkkkkkkkkkkkk
Estou cobrando sistematicamente isso caro Tinho.
Pode ser que na base algumas joias são bijuterias, mas no sub 20 há sim jogadores que podem entrar no time de cima.
O um dos grandes problema está na questão da doação que fazem não só essa gestão assim como as que passaram desde do Horcades.
Entrando uma gestão séria no fim do ano, quem sabe esse panorama possa ser mudado?
ST
O “iscauti” do ffc que não tem rosto, não se sabe quem é ou são, optaram por Igor Julião, Wallace e outro cara que tb não virou nada…. Incrível.
Não tem rosto, mas certamente tem bolsos bem fundos.
Com certeza….. por isso ninguém sabe quem é.