Trinta e seis dias após sua última partida oficial, contra o Santos, no Maracanã, o Fluminense volta a campo na próxima quinta-feira (19), na retomada do Campeonato Brasileiro, após parada para a Copa da Rússia. O duelo será contra o então único clube carioca treinado por Marcelo Oliveira até sua chegada às Laranjeiras, o Vasco, às 20h, em São Januário.
Não que o treinador tenha feito história por lá. Pelo contrário: sua passagem pelo Cruz-Maltino durou apenas dez jogos e menos de dois meses. Em sua chegada ao Vasco, Marcelo se deparou com um ambiente muito desfavorável, com o clube mergulhado em crise política, afetado ainda por problemas financeiros e atrasos salariais.
Nada muito diferente da atual realidade tricolor, cujo presidente, Pedro Abad, se equilibra na corda bamba com pedidos de impeachment protocolados por todos os lados. O não pagamento em dia, infelizmente, também virou algo costumeiro, o que se tornou uma ameaça permanente à tranquilidade do futebol do clube, quase sempre vulnerável aos dissabores da política, embora Abel tenha feito bem o papel de blindar o elenco.
Amigo de Marcelo Oliveira, o ex-técnico do Flu, por sinal, andou conversando com seu sucessor, dando-lhe informações importantes sobre o clube, atletas e meninos da base. Apesar de não ter querido expor o mandatário publicamente, Abel só deixou o Fluminense porque perdeu de vez a confiança em Abad, conforme este Terno e Gravatinha publicou em coluna recente. Foi correto, contudo, ao se retirar num momento apropriado, em que um novo profissional tivesse tempo para conhecer e preparar o time para o restante da temporada.
Apesar das dicas de Abel, Marcelo andou mexendo no esquema e na formação da equipe. Adepto ao 4-4-2, barrou Renato Chaves e promoveu a entrada de Digão, de volta ao clube, por empréstimo, até o fim do ano. Digão formará a dupla de zaga com Gum, com quem já jogou no próprio Fluminense de 2009 a 2013, quando se transferiu para o Al-Hilal.
Outra mudança se dará na cabeça de área, com a barração do jovem Richard e o retorno de Douglas, que andou às voltas com problemas nas articulações, embora agora esteja aparentemente recuperado.
Mais à frente, Marcelo Oliveira quer fazer de Sornoza seu grande camisa 10, mas não espera que o equatoriano carregue sozinho o piano. Por isso, já pediu à diretoria a chegada de mais um meia para desafogar o setor, carente desde o começo do ano.
No ataque, artilheiro do Flu na temporada, Pedro ganhará a companhia de Luciano, campeão brasileiro em 2015 pelo Corinthians, pelo qual marcou 24 gols, e contratado por empréstimo de três anos ao Leganés (ESP). Pelo seu discurso na chegada, o atacante parece animado a dar fim à baixa média de gols do time no Brasileirão (apenas um por jogo).
Depois de um ano e meio com Abel Braga no comando técnico, a chegada de Marcelo Oliveira traz ao menos área de renovação ao Fluminense, que, pelo que se vê, será diferente daquele que passou.
Daqui, resta-nos desejar muito boa sorte a Marcelo.
E que encontre a paz que andou faltando a Abel.
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Conhecendo o péssimo histórico de contratações do abobad, temo que ele chame o Dr, Bumbum para presidir o departamento médico, indicado por um rosado daqui que já fez tratamento com ele.
ST