Vivo, morto, vivo, morto, VIVO!

Vitória sobre o Figueirense, derrota para o Botafogo, vitória sobre o Atlético-MG, derrota para a Chapecoense, vitória sobre o Grêmio… A montanha-russa tricolor no Campeonato Brasileiro faz lembrar aquela brincadeira em que uma pessoa dá as coordenadas para um grupo ficar em pé ou agachado, representadas pelas palavras “vivo” e “morto”.

O perde e ganha é tão frequente que apenas um dos últimos 12 jogos do time no Brasileirão terminou empatado – contra o Internacional, na 19ª rodada (2 a 2). Nos outros 11, só vitórias e derrotas. Felizmente, mais vitórias, é verdade (sete a quatro), o que fez o time subir na tabela e chegar à sexta colocação, apenas um ponto atrás do Corinthians, próximo adversário do Tricolor na Copa do Brasil (quarta) e no Brasileiro (domingo).

O sexto lugar na tabela está aquém de um tetracampeão do país, mas é uma posição até certo ponto compatível (ou até superior) com o elenco atual do Fluminense, que, há seis meses sem patrocinador máster, só na próxima terça-feira voltará a contar com um – a Caixa Econômica Federal, que no mesmo dia assina também com o Botafogo.

Entra aí o trabalho de Levir Culpi, bom, na opinião da coluna.

chute-2O Fluminense está hoje a apenas duas posições do G4 porque o técnico tricolor acerta mais do que erra, o que é uma grande vantagem entre os treinadores da atualidade.

Como cometeu equívoco flagrante contra a Chapecoense e a partida terminou por frustrar a enorme expectativa da torcida, houve exagero nas vaias ao técnico.

É com Levir Culpi, por exemplo, que Cícero vem tendo seu melhor aproveitamento desde que voltou ao Fluminense.

Joga de segundo volante, mas com total liberdade para chegar à frente, onde é sempre perigoso e, geralmente, marca.

Foram contra os mineiros Cruzeiro e Atlético-MG em Edson Passos as mais convincentes atuações do Flu sob comando de Levir.

Não por acaso, em ambos os jogos escalou Douglas, Cícero e Marco Júnior, que, ao lado de Gustavo Scarpa, dão ao time um toque de juventude, categoria e dinamismo.

Formam uma linha de respeito, sabem jogar. Atuariam, indiscutivelmente, em praticamente todos os times que integram hoje a Série A.

Com Levir, o Fluminense ganhou um rosto, um padrão. Bem diferente dos tempos de Eduardo Baptista, em que o Fluminense era tudo, menos um time. E sequer se sabia quem mandava.

Até a zaga melhorou, com a definição da dupla Gum e Henrique. Nas laterais, Wellington Silva se firmou e só o lado esquerdo segue sendo o calcanhar de aquiles.

A última definição do técnico parece ser a dupla de ataque, que não pode ter o limitado Henrique Dourado como efetivo.

Wellington e Magno Alves têm a preferência da coluna, mas ainda não a de Levir, que tirou a titularidade de Magno depois de apenas 45 minutos no jogo de quinta (e quando vencia por 1 a 0).

chute-3O Flu evoluiu na marcação, na transição para o ataque e, em algumas partidas, na intensidade, embora em dados momentos ainda lembre a pasmaceira do passado.

Mas está em processo. Não parece ainda ter atingido o clímax de sua narrativa deste Brasileirão.

Que, mesmo cirúrgico, teve o Flu como ganhador na rodada (que arrancada, Scarpa!), também como a coluna aventou.

“Irregular toda a vida, não será surpresa se voltar vitorioso do confronto”, escreveu.

Voltou.

E o Tricolor, ainda perto do G4, pôs-se de novo de pé na brincadeira infantojuvenil.

Vivo!

***

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186 thoughts on “Vivo, morto, vivo, morto, VIVO!

  1. Vamos então à mais palpites, para alegria de Oni e os amiguinhos…

    Copa do Brasil – passam para as quartas de final:

    – Santos;
    – parmera;
    – Grêmio;
    – Inter;
    – Cruzeiro;
    – Juventude x São Paulo, grandes chances da vaga sair nos pênaltis… hum… Juventude;
    – galo x macaca, acho que passa um ‘animal’… galo;
    – Fluminense x curintia, se o Flu for a água de salsicha de quase sempre, não dá nem para a saída. Se se impor e jogar como grande, tem grandes chances contra o curintia em crise. Arrisco um empate… não deveria chutar o placar, mas vamos lá… 2×2… Fluminense.

    Lembrando sempre que a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, um time pode fazer 2 gols a mais ou levar dois gols, e em determinados jogos, o 0x0 é mais importante que o 2 a 1,e que também algumas variações climáticas, de arbitragem e de condições do gramado, como também o fato de determinado time não ter todos os jogadores à disposição ou parte do time não se encontrar na melhor forma física, podem influir diretamente no resultado. Espero que tudo isso tenha ficado bem claro.

  2. Para reforçar o moral dos colegas que continuam achando que Xerém já criou ,SIM, uma penca de craques, lá vai uma ‘seleção’ indicada por 22 mil participantes de uma enquete lançada pelo site globoesporte.com .
    Vejam bem, não é a seleção de craques do Fluzão em todos os tempos, mas só aqueles que foram criados em Xerém.

    …………….Fernando Henrique
    Fabinho, Thiago Silva, Marlon e Marcelo
    ……………………Arouca
    Diego Souza, Roger e Gustavo Scarpa
    …..Wellington Silva e Wellington Nem.

    Baita time, na minha opinião, com direito a craques no banco de reservas, como o Maicon Bolt, o Alan e outros.

    Na minha opinião, a única posição em que Xerém não conseguiu criar craques é o gol.

    Assim sendo, lá vai o grito de guerra :

    Xô, complexo de vira-latas, xô !!!

    Isto aqui é o Fluminense Futebol Clube !!!

    1. Não errou no Scarpa, Amaury?
      Pelo que li, ele já veio grandinho se São Paulo para o Flu, e já com agente, algo mais ou menos como esse Marinho que está no vitória hoje.
      Dos outros, Thiago Silva e Marcelo chegaram longe, sim, embora o lateral parece ter jogado no Flu, muito menos que o zagueiro. Pensamento meu.
      O resto citado, está na média dos que estão jogando no Brasil atualmente, né não?
      Mas e for contar todos os que alguns descobridores de talentos já apontavam como futuros craques, aí dá vários times.
      ST
      rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

      1. Lembro-me do Scarpa jogando nos juvenis do Flu, PCA.
        Tentando esclarecer sua dúvida, o máximo que consegui de informações sobre a ‘vida pregressa’ do distinto foi :
        “Natural de Campinas, Gustavo Scarpa chegou às divisões de base do Fluminense em meados de 2012. Veio do Desportivo Brasil, equipe da cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo. Típico camisa 10, o jogador sempre chamou atenção por sua técnica apurada e boa finalização. A marca registrada do meia é o chute forte e preciso de esquerda. Por não hesitar em arriscar de fora da área, acabou recebendo o apelido de ‘Chutavinho’ de seus companheiros em Xerém. De acordo com ele, esta característica do seu estilo de jogo veio do futsal.”

        De onde se conclui que ele veio para as Divisões de Base em 2012, i.e, há quatro anos.
        E, na minha opinião, se passou pelas Divisões de Base, é cria de Xerém.

  3. Fala Garcez!

    É meu amigo, esse time do Fluminense é irregular toda a vida, ganha de um time forte como o Atlético-MG e depois perde para a Chapecoense ambas em casa e agora bate o Grêmio lá em Porto Alegre. Vai entender?

    Scarpa é um bom jogador! Eu já estava com saudades de ver um jogador assumir a camisa 10 e pude vê-lo com essa camisa e fazer o gol da vitória.

    Nesse jogo o melhor jogador foi o goleiro Júlio César! Se foi mal contra a Chape, contra o Grêmio foi muito bem. Fiquei triste com o gol perdido do Marquinho após aquela jogada ensaiada do Scarpa.

    Veremos hoje contra o Corinthians! Eu acho que babou, mas futebol é uma caixinha de surpresas, quem sabe vencermos eles lá como ganhamos do Grêmio pela primeira vez no novo estádio deles.

    Valeu Garcez! Seu belo texto diz o que é o Fluminense! É aquela brincadeira chamada Morto! Vivo! Sensacional!

    ST! Oremos hoje e torço pelo Fluminense que passe de fase, o que eu acho que ficou complicado, mais não impossível.

  4. Creio que o time do Flu está bem montado, considerando o material humano de que dispõe, tendo chances de melhorar no desempenho do ataque.

    A estratégia do jogo deveria ditar a formação do ataque.

    1) Se vamos enfrentar um adversário retrancado deveríamos entrar com um centroavante de área.
    Este homem seria o Magno Alves ‘se’ fosse pelo menos 10 anos mais novo.
    Sua técnica, entretanto, o credencia a participar da metade destes jogos apesar da idade,entrando de preferência depois do intervalo de jogo, pelas razões óbvias.

    Quanto ao primeiro tempo, creio que o centroavante deveria ser o Richarlison. Este rapaz é forte, chuta muito bem, tem bom domínio de bola e é impetuoso.
    Em suma, tem perfil para vir a ser nosso centroavante, uma vez que amadureça um pouco e domine a ansiedade, que parece ser seu principal problema no momento.
    Devemos insistir nele em todos os jogos, por pouco tempo que seja, pois só assim amadurecerá.

    2) Se vamos enfrentar um adversário em sua casa e que por isso não deverá jogar na retranca – mesmo que tenha vantagem de jogos anteriores – como é o caso do Corinthians hoje – deveríamos entrar com o time bem organizado na defesa (como foi contra o Grêmio) e com duas lebres no ataque, sendo uma delas invariavelmente o Well – e a outra o Marco Junior, se estiver bem.

    Temos time para enfrentar qualquer adversário no Brasileiro, assim como qualquer adversário no Brasileiro tem time para enfrentar qualquer outro competidor.
    Este e um campeonato desgastante, disputado entre times que têm 11 homens de cada lado. Nada é conquistado com bailados ali no gramado.

    Xô com o tal ‘complexo de vira-latas’.
    Isso aqui é o Fluminense Futebol Clube.

      1. Assisti ao vídeo, Reis e Luis.
        Puro empreendedorismo. Pura aula sobre visão futuro e de estratégia empresarial.
        Não digo isso por ‘achismo’.
        Conheço porque é minha área de especialização, de pós-graduação no exterior.
        Este homem é um digno Presidente tricolor.
        Assim mesmo, com P maiúsculo.

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