Para não perder o bonde da história

Desde a derrota para o Vasco, há um mês, num gol de fora da área de Ramon – por sinal, quase idêntico ao marcado por Egídio, do Palmeiras, no revés do último domingo –, o futebol do Fluminense congelou, tal como uma singela homenagem ao inverno, que já deu as boas-vindas a uma nova estação do ano, esta bem menos fria e bem mais florida.

Desde aquele 26 de agosto, o Fluminense já entrou em campo seis vezes e perdeu quatro – incluindo as duas partidas pela Sul-Americana contra a LDU. A única vitória tricolor no período se deu justamente contra a equipe equatoriana, no Maracanã, com um gol de falta de Gustavo Scarpa. E até nesta partida, o Flu oscilou.

Abel atribui a falta de entrosamento e a queda de rendimento do time ao elevado número de atletas no Departamento Médico. Para o treinador, não há plano tático que resista à troca incessante de jogadores.

Desta vez, foi além: chamou para si a responsabilidade da oitava derrota no Brasileiro, ao se deixar levar pela opinião dos jogadores, que, ao serem perguntados pelo treinador, se disseram aptos a enfrentar o Palmeiras, mesmo depois de todo o desgaste da viagem para Quito, realizada menos de 72 horas antes (aqui, registro a falta de sensibilidade da CBF por não agendar este confronto para segunda, dando à delegação do Flu mais um dia de descanso).

Como comandante, chamou para ele a responsabilidade da derrota, no que fez muito bem. Mas para o jogo do próximo dia 1º, contra o Grêmio, no Sul, o time, descansado e precisando pontuar, terá de apresentar bem mais.

Uma alternativa talvez seja abrir mão do esquema com três volantes, que não vem tendo sucesso, e retornar ao clássico 4-4-2, colocando Wendel em sua posição original, ao lado de Orejuela. A jovem revelação tricolor, à exceção da partida de Quito, onde se desdobrou (foi o melhor em campo, ao lado do volante equatoriano), tem sido contestado por sua queda de produção, mas a verdade é que vem jogando adiantado, fora do setor. E Wendel, sabidamente, não é meia.

Um meio de campo formado por Orejuela, Wendel, Sornoza e Gustavo Scarpa já foi testado e aprovado em jornadas passadas, sobretudo no primeiro semestre.

A esta altura da temporada, a hora é de Abel deixar os testes de lado e fazer o feijão com arroz para o time voltar a subir na tabela do Brasileiro.

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325 thoughts on “Para não perder o bonde da história

  1. Estou bastante preocupado com a tabela. Tô sentindo que o ambiente econômico do clube derrubou aquela disposição que o grupo demonstrava. Quando falta grana é complicado, todo mundo é ser humano. Muita lesão, nenhuma chegada que dá moral, e veio o Robinho ( R$ 7 milhões ) e os caras sem receber. Aí vaza um áudio dizendo que hoje o Flu não paga nem jogador de R$ 20.000. Esse sufoco é resultado das “contratações” de Mário B (ele de Vice de Futebol, aqui começa a série de tropeços da Flusócio). e depois do PS. Se o time escapar , temos que agradecer muito. A 2ª é logo ali, e é tudo que os nossos adversários querem. E não temos jogadores que aguentem a pressão de uma luta contra a queda. Ainda bem que é o Abel que está segurando essa p#%@.
    Situação de Wendel e Léo Pelé: as duas negociações que foram abertas eram muito desvantajosas para o Flu, que corretamente forçou a continuidade das negociações para chegar em um valor maior. Na ânsia de ir jogar na Europa ( e receber $$$) queria que o negócio fosse fechado logo. Como não rolou, também não jogo. Não estou recebendo, não pode me pagar, querem me comprar e não me vendem. Também não jogo.
    E a gente vai passar raiva com esses caras daqui pra frente. Só desculpa esfarrapada no final de cada partida. Por exemplo, contra o Atletico-GO a gente ganha? Os times pequenos tão com rendimento de Libertadores e a gente com rendimento de DESCENSO.,

  2. Infelizmente, a 7 anos ,o clube está entregue nas mãos de gente incompetente e amadora, mas que se julga acima do bem e do mal. Construíram um candidato “perfeito”, o sr Peter, pintado como o grande revolucionário que levaria o Flu de volta aos principais títulos e ao protagonismo no cenário nacional. Isso não só não aconteceu, como a situação financeira do clube se agravou de maneira drástica. A gestão Peter foi um DESASTRE para o Fluminense e não adianta a Flusocio fingir que não teve nada com isso. Até mesmo o CT, tão usado na época da eleição, não foi pago e, só foi construído graças a dinheiro de um torcedor particular, que agora, é credor do valor empregado na obra.

    Eu poderia ficar uma noite inteira enumerando as burradas da Flusocio e cia, mas vou citar os mais conhecidos :

    1- Cairam de pau na antiga patrocinadora Master (Unimed), acusando-a de escalar o time, só contratar medalhões e lavar dinheiro no clube. pois bem, desde que assumiram trouxeram os “poderosos” Vitton, Frescato, Tim e outros menos importantes. Resumindo : Criticaram a Unimed mas foram incapazesde trazer um outro patrocinador realmente forte para o clube.

    2- A omissão do Peter no caso Portuguesa-Flamengo incomoda o torcedor tricolor até hoje. O Flu era humilhado diariamente na Tv e nos jornais, acusado injustamente de “rei do tapetão” e outros absurdos, mas não havia qualquer pronunciamento por parte da cúpula tricolor da época. Quem defendeu o clube foi o, até então advogado do clube, Mario bittencourt que, se errou quando foi dirigente, pelo menos não correu da guerra quando o Flu era metralhado por todos os lados. Não há nada pior na vida do que gente covarde posando de valente debaixo da saias da mamae…

    3- Mentiu-se descaradamente para a torcida, com aquele papo furado de que o clube “estava com suas finanças saneadas”. A profunda crise financeira de hoje mostra isso de forma muito clara. Não entendem NADA a respeito de como se faz ou se administra um clube de futebol. Fazem as coisas na base da “tentativa e erro”, de forma totalmente amadora. O Flu perdeu o protagonismo e a força política nos bastidores. Não há firmeza nem representatividade extra-campo. O presidente e seus diretores não inspiram a menor confiança nem aparentam o mínimo de firmeza em suas falas / decisões. É um bando de incompetentes amadores “brincando” de serem dirigentes de um clube de futebol, só que esse cçube é o Fluminense football Club ! É muita areia para o caminhaozinho deles.

    4- Alguém me explica para que serve o inútil e melancólico Flu Samorin ? Ele vai ajudar o Flu a ser campeão brasileiro ? Campeão da Libertadores ? Mundial ??? Entao não passa de mais um inútil projeto dessa diretoria medíocre e inerte. Só fazem apostas erradas e que não tragem nenhum benefício concreto ao clube.

    5- Somos o único time da série A que ficou o ano inteiro sem patrocinador master. Não é preciso ser um gênio para saber que não se faz futebol profissional sem dinheiro em caixa e apostando, somente, em jogadores novos e sem experiência. Foi uma total irresponsabilidade jogar toda a temporada nas costas da base e sem contratar jogadores com mais casca.

    6- O número de sócios despencou e a torcida sumiu dos jogos. Resultado direto de todo o caos e todas as burradas descritas acima. O melhor marketing que existe para alavancar receitas e atrair a torcida é time aguerrido e com fome de títulos. Coisas totalmente ausentes no Fluminense nos últimos 7 anos.

    7- É uma pena que ainda faltem 2 anos inteiros de gestão Abad / Flusocio. Tenho medo de que o clube não resista tanto tempo nas mão de gente tão amadora e incompetente. Um novo rebaixamento seria uma bomba atômica na imagem do clube e no torcedor tricolor que já sofreu demais no passado e não aguenta vai aguentar a humilhação de um novo rebaixamento.

    Que João de Deus nos ajude e o sobrenatural de Almeida tb ! Prefiro contar com eles a apostar na atual diretoria tricolor. Chega de incompetência / omissão !!!

  3. Em tempo: Abel está sendo fritado por aqueles que são os verdadeiros responsáveis por esta situação caótica. Vai servindo a estes como boi de piranha.

  4. Caros,

    Sou radicalmente contra a saída do Abel nesta altura do campeonato. Em primeiro lugar porque não tem ninguém melhor para colocar no lugar, segundamente porque ele não é o principal culpado, e se houver uma saída ele que já conhece o grupo é quem pode identificar qual será, melhor do que um outro que caia de paraquedas agora. Em 2013 o “minúsculo notável” o tirou e deu no que deu.

    SDs Tricolores e FT & DJ

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