Contra reservas ou titulares, supremacia tricolor no Fla-Flu se confirma

Ao lotar pela primeira vez no ano seu lado da arquibancada numa jornada sob chuva que nem lhe era decisiva, o Flamengo reforçou o quanto o Fluminense historicamente lhe incomoda, tal como um esporão, fazendo-o, por receio, tremer em cima dos sapatos. Nem mesmo o fato de o Tricolor estar momentaneamente fragilizado e com um elenco aquém de suas tradições derruba a mística da camisa que joga sozinha. Quando é Fla-Flu, o rubro-negro jamais se atreve a cantar vitória de véspera.

Seja pela goleada por 4 a 0 há um mês, seja pela invencibilidade tricolor no clássico, agora de três jogos, seja pela segunda desclassificação seguida em partida eliminatória de turno, seja pela ampla supremacia tricolor em finais, fato é que os torcedores de vermelho e preto estavam em peso no Engenhão porque o Fluminense é o único entre seus rivais que é olhado de frente, e não de cima, pela megalomania rubro-negra. O flamenguista, definitivamente, não topa o tricolor, o Flu não lhe desce.

Herói da conquista da Taça Guanabara em 2017 ao defender pênalti cobrado por Rever, Júlio César foi o paredão que dele se espera, ao fazer duas defesas dificílimas à queima-roupa, uma delas do ex-companheiro Henrique Dourado, que, ao escolher o Flamengo como seu novo clube, trocou o carinho da torcida tricolor (status inédito em sua carreira) pelas vaias dos rubro-negros, que mais uma vez o hostilizaram ao deixar o campo sem marcar.

A responsabilidade que hoje recai sobre o claudicante Marco Júnior e o inexperiente Pedro foi assumida por Gum, em sua décima temporada nas Laranjeiras. Foi dele o gol que pôs o Fluminense em mais uma final da Taça Rio, conquistada pela última vez pelo clube em 2005, contra o Fla, com outra goleada (4 a 1), também com Abel Braga no comando.

Foi do veterano zagueiro ainda o gol mal anulado pela arbitragem no segundo tempo. Gum tinha dois jogadores à sua frente ou lado e, de quebra, ainda estava atrás da linha da bola quando meteu o pé em bola que já entraria.

O 2 a 0 anteciparia a classificação tricolor e esfriaria de vez o Flamengo, que nem chegaria ao empate, como chegou, depois de um bate-rebate que terminou com um petardo indefensável de Everton.

O 1 a 1 era injusto, e ilegal, mas ainda era do Flu, que, então, só fez jogar com o regulamento no momento em que efetivamente precisou: nos minutos finais. Foi quando se entrincheirou e segurou até os injustificáveis 51 minutos o abafa do Fla, que teve a bola da virada com Vinicius Júnior, em chute cruzado, desviado para fora por Gravatinha, sentado sob o travessão de JC.

Flu na final, numa noite inspiradora em que todos os tricolores, sem exceção, honraram as três cores – o destemido Ayrton Lucas e o motorzinho Jádson que o digam.

E desta vez, com o Fla completinho.

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150 thoughts on “Contra reservas ou titulares, supremacia tricolor no Fla-Flu se confirma

  1. Ofendem a moral, atacam pessoas em vez de ideias, patrulham com força em nome do ‘regime’, e quando aparece um pra contemporizar… A resposta é uma outra agressao à moral ainda pior.
    Fala sério!

  2. Vamos Fluzão!
    Que entre em campo novamente o NOVO Fluminense dos asas!
    Pra cima do Foguim!
    Avante Abel ‘asa’!
    Avante Gum guerreiro!
    Fora Flu- Alice!

    Pessoal, falando sobre cervejas, li todos os comentários. Posso dizer q não entendi muita coisa, mas resumindo a Heineken e disparada melhor q a Amstel, mas essa ‘dá pro gasto’.
    Fiquei sabendo também q os 3 bobões do blog gostam de Malzebier e Caracu…cervejas de mulheres grávidas. Questão de gosto (nada contra).

    1. Nando,

      Quando puder e encontrar, porque ainda não vi em terra brasilis, prove a LITE, garrafa de alumínio, da Miller. Sei que o Mercado Livre vende.

      É excelente.

      ST

  3. ” Cinco motivos para acreditar no título – Fonte : LanceNet.”

    Abre aspas :
    1. FATOR ABEL BRAGA: treinador é considerado um pai para todo o elenco e carrega a experiência de ter conquistado diversos títulos na carreira. Abel sabe armar o time para momentos decisivos e já disputou outras finais com parte da equipe.

    2. BOM RETROSPECTO EM CLÁSSICOS: o Tricolor é o único clube do Rio de Janeiro que ainda não perdeu clássicos em 2018. Contra o Botafogo, empatou sem gols na Taça Guanabara. Também ficou na igualdade com o Vasco e coleciona uma vitória e um empate contra o Flamengo.

    3. BOA FASE DOS TRÊS ZAGUEIROS: entre os grandes do Rio de Janeiro, o Fluminense foi o menos vazado nesta Taça Rio. O equilíbrio defensivo pode ser uma chave para o Tricolor. Contra o
    Flamengo, na semifinal, Gum foi o autor do gol que garantiu o Tricolor na decisão.

    4. XERÉM EM ALTA: a dupla de ataque formada por Pedro e Marcos Júnior está em boa fase no Campeonato Carioca. Com cinco gols cada, são os artilheiros do Tricolor no torneio e estão a apenas um de distância de Pipico, atacante do Macaé, na liderança do quesito.

    5. MÁGICA DE SORNOZA: o equatoriano recuperou seu bom futebol e é o principal nome da criação do Fluminense. Sornoza tem três assistências e é o vice-líder do quesito no torneio. Fará um ‘duelo de gringos’ com Leo Valencia, do Botafogo.
    Fecha aspas.

    Como as coisas mudam, não e verdade, turminha ? Coisas do futebol.
    Penso que não temos o direito de cobrar títulos desta meninada.
    Entretanto, se jogarem como contra o Flamengo até acho que pode pintar um título.
    Minha principal preocupação é o enorme desgaste físico sofrido na partida contra o Flamengo, e o fato do Botafogo ter jogado no dia anterior, tendo tido com isso 24 horas a mais de recuperação.
    Ah, e já vou adiantando : haja o que houver, não vejo o Flu com time pronto para disputar o BR.
    Como tem sido dito aqui, faltam pelo menos um ótimo meia de criação e um bom centroavante.

    23:11>23Mar

  4. Djacastro Amaury ~ Rio ~ • 3 dias atrás
    Amaury, o Pretencioso, quer pautar a opinião alheia, incluindo o próprio signatário do blog.

    1
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    Avatar
    Amaury ~ Rio ~ Djacastro • 3 dias atrás
    Ah, o Aurélio enviou um telegrama a você, sobre a correta grafia de PretenSioso, ok ?
    Ou seria muita pretenSão de minha parte, retificar seu supremo saber ?
    Ah, já sei : o tal do ” Selular ” vai levar a culpa, como tendo sido ” erro de digitaSão !
    Haha !!!
    Cresça, e – então – se estabeleça, Dj.

    13:48 > 21Mar

    Amaury, meu caro irmãozinho

    Usar a tal da NORMA LINGUÍSTICA para desqualificar um companheiro de blog é um ataque rasteiro e covarde! Meu caro, não faça isso! Voce é cara solidário e inteligente, não precisa chegar a tanto.

    1. Claro que minha reação não foi causada apenas por aquele comentário.
      O tal cidadão vem pegando em meu pé repetida e desrespeitosamente, faz tempo.
      A cada um o retorno consoante o tratamento que me foi dispensado.
      Quanto a isso não tenha dúvida, caro Laranjal.
      Entretanto, fico-lhe grato pela boa intenção do comentário.
      19:28>24Mar

      1. Meu caro Amaury, bom dia!

        Nós somos humanos, e estamos sujeitos a todo tipo de erro. Somos fracos. Alguns o cometem por pura fraqueza de espírito, um ato mesquinho. No seu caso, tenho certeza de que o fez por conta de um descontrole emocional. Já sofri este tipo de ataque a tempos atrás aqui. Meu nobre, sempre o enxerguei como um GENTLEMAN,(escrevo em letras garrafais porque esta palavra tem um significado da gradeza de um ser). Apesar de termos profundas diferenças de opinião, lhe tenho muita estima.

        Um abraço e saudações tricolores!

    2. Amaury, tem muito , mas muito tempo disponível para efetuar revisões gramaticais nos posts alheios.
      Tempo livre é o que não lhe falta.

  5. Sem fofocas.

    Sem querer reativar esse massacre que alguns têm feito contra o Scarpa, eu gostaria que os que sabem tudo das entranhas do Flu, do gabinete do presidente, postassem aqui como foi o contato do jogador com o clube, quais os valores a que ele teria direitos de receber líquidos e certos ao final do período, e qual foi o valor estipulado da multa caso houvesse quebra de contrato entre as partes.

    Por favor, os que já descartavam o rapaz como inútil, que não prestava para nada, como parte da torcida já fazia no estádio, esclareçam essas coisinhas simples para que se tenha uma visão maior sobre esse caso trabalhista, até porque pelo que sei trabalhador nenhum pode ser impedido de trabalhar, e, logicamente, onde se sentir bem.
    ST
    (24/03 – 18:00)
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