Finalista do mundo

O Fluminense está na final do Mundial de Clubes. Parece incrível, mas é a realidade que se impõe. Na próxima sexta, o mundo da bola estará com os olhos voltados para o time que jamais sai de moda, porque não se permite sair. O Tricolor está onde está porque tem um grupo que confia em seu treinador, em suas metodologias e que aceitou cumprir à risca o que era até então desconhecido por todos — e que se convencionou a chamar de dinizismo.

Contra os africanos do Al-Ahly, o dinizismo não foi visto de cara. O campeão da Libertadores só jogou como tal no segundo tempo, depois de sentir desconfortável durante quase todo o primeiro tempo, por mérito da coletividade e verticalidade dos contra-ataques dos egípcios — em que pese as duas bolas na trave de John Arias, autor do primeiro gol tricolor.

Mas foi na etapa final que o Fluminense mostrou suas digitais, jogando com a identidade que fez Paulo Angioni dizer, em entrevista ao Globo, que Diniz é a maior inovação do futebol das últimas quatro décadas.

Sete jogadores com idade acima de 33 anos, durante todo o ano, jogaram por terra teorias vazias e maledicentes de “time de velhos”. A experiência de atletas renomados, somada à juventude de atletas como André (eleito o craque do jogo pela Fifa), Martinelli (fez sua melhor partida pelo Flu) e Jhon Kennedy (um monstro), prevaleceu sobre o popularíssimo Al-Ahly, dono de 42 títulos da liga da África e 11 do continente. Não à toa, veio dos pés dos mais imprevisíveis dos tricolores a solução para furar a muralha egípcia — Marcelo e JK.

Não há equilíbrio nem “distância encurtada nos últimos anos” que resista a esses dois gênios da bola.

O sonho tricolor está vivíssimo!

80 thoughts on “Finalista do mundo

  1. Caros,

    Para salvar o futebol do Brasil e o Latino-Americano.

    As enormes discrepâncias financeiras entre países e populações no mundo, e em particular também no futebol internacional, dão conta de que a atual configuração do capitalismo – basicamente financeira – não patrocina a competição, como insiste em continuar a afirmar uma versão carcomida e falaciosa do liberalismo, mas destrói no futebol internacional qualquer possibilidade de competição.

    Esse é um processo que vem de longe desde a vitória das concepções neo-liberais que tiveram reflexo no patrocínio do futebol brasileiro via o projeto de “Espanholização” que previa rivalidades bipolares regionais e assim procuravam isolar camisas tradicionais colocadas como meros coadjuvantes sem verba ou financiamento ( como tentaram nos anos noventa com Fluminense e Botafogo no Rio ) ou praticamente extinguindo clubes ( como o América no Rio de Janeiro, que foi arbitrariamente rebaixado em 1986 ).

    A mídia – Globo à frente, o pessoal da Faria Lima em São Paulo, as armações na Federações para beneficiar resultados de certos clubes: Flamengo, Vasco, Corinthians e o ressuscitado Atlético Mineiro são exemplos que evoluíram no período com verbas de financiadores como os que hoje financiam o Palmeiras. O Fluminense sobreviveu sempre contestado na mídia pelo “artificialismo” do mecenato da UNIMED, nunca afirmado como tal no caso do Palmeiras ou do Atlético Mineiro e o Botafogo ganhou o Engenhão de presente do prefeito pai do deputado codinome “Botafogo” na planilha da ODEBRECHT.

    E veio o 7 x 1 que não foi , portanto, obra do acaso, mas consequência de um projeto já global de destruição. Não adianta aqui lembrar a enorme distância do orçamento de um clube como Manchester City para qualquer outro deste mundo e dos próximos. Mas, como lembraram comentaristas argentinos, o primeiro gol do City contra o Fluminense foi de um jogador da seleção argentina e a defesa na cabeçada do colombiano Árias que joga no Fluminense foi de um goleiro brasileiro.

    A questão é, como no título de um livro de Lenin: “O que fazer?”

    A saída para o delírio concentrador de recursos do liberal-financismo que gera a anti-competição é a criação ou retomada de uma legislação que preserve os mercados e assim a competitividade entre os diversos continentes. Talvez configurada assim:

    – Jogadores da base são obrigados a assinar um contrato de pelos menos cinco anos com o clube formador ao completar 18 anos caso seja do interesse da instituição.

    – São proibidas as transferência internacionais para jogadores com menos de 23 anos. Continuando mais rigorosamente a impedir inclusive a saída de menores de idade.

    – A liberação de atletas para jogar em outros países será feita pagando-se uma taxa de transferência para as federações e CBF. Essa taxa será menor para países do continente latino-americano e muito maior para a Europa. Uma espécie de imposto de exportação que deveria obrigatóriamente ser aplicado nas premiações dos clubes.

    – Internamente as ligas tem de se unificar ( ficam proibidas ligas paralelas ) e a discrepância de distribuição de verbas de TV , etc. terá de ser restrita a no máximo 20% com critérios de desempenho tendo o maior peso, e uma politica de suporte e apoio para equipes que forem rebaixadas e também para as que ascenderem, como ocorre na NBA com os seus últimos colocados a cada ano.

    – Combate severo à lavagem de dinheiro de financiadores capitalistas, e regras de limites de aporte notadamente para os bancos que vivem da exploração de microcrédito.

    Se isso fosse feito, De La Cruz ainda estaria no River para alegria de sua torcedora mirim que se despediu dele na internet; Árias talvez na Colombia mas poderia estar no Flu com seus 26 anos; o atacante da seleção argentina do City estaria jogando na Argentina e o goleiro brasileiro do City no Brasil. E, de quebra, o campeonato brasileiro seria o mais competitivo do Mundo com sempre doze concorrentes em condições de ganhar.

    Vai rolar? Duvido. Essa crise só tenderá para uma solução depois do Brasil ser eliminado e excluído de participar de uma Copa do Mundo. Nosso poço é ainda mais fundo. Mas…

    A Recopa vem aí e…

    Feliz Ano Novo a todos

    SDs T

  2. Pelo que é divulgado, teremos a repetição da escalação e abertura da avenida Radial Oeste de nossa defesa, também chamada de Calçadão Tricolor, ou ainda de Av.
    Fernão Di… niz, por onde passearão os atacantes adversários, empilhando chances
    de gol que outros desperdiçaram, mas os de hoje talvez aproveitem.
    A teimosia é talento do pior tipo de cegueira : a de quem não quer ver.
    Geralmente causada pela arrogância de quem acha que sabe de tudo.
    Nossa ala esquerda – Ruf Ruf, Ganso e Marcelo – é um convite.

    Enfim, seja o que Deus quiser.

  3. STT.

    A narrativa dos comentaristas das TVs fechadas é que o City tem os melhores jogadores do mundo em cada posição, outros dizem que tem até dois jogadores em cada posição como melhores do mundo, esqueçam isso. É tudo teoria, e teorias tem que ser comprovadas. Vai ser um grande jogo, que na pratica não tem favorito, dentro de campo são jogadores vencedores, não importa o aporte financeiro. Que vença o melhor.

    Saudações Tricolores.

  4. Pois é! Antes do mundial de clubes começar, eu tinha assistido os melhores momentos (versão prolongada) do jogo do City contra o Crystal Palace…foi um massacre. O City teve 74% de posse de bola, abriu 2×0, criou muitas chances, teve gol anulado, um domínio absoluto (praticamente igual ao jogo contra os fraquíssimos japoneses), a ponto de eu ficar me perguntando como o Crystal Palace tinha conseguido empatar. O jogo terminou com o placar de 2×2 pq é futebol, uma coisa quase inexplicável.

    Falando sobre o jogo de amanhã, parece q o professor Fernando, o louco vai mandar o mesmo time envelhecido e lento q poderia ter saído perdendo no primeiro tempo por pelo menos 2×0. Acho uma loucura…se tiver as facilidades q o Al Ahli teve, o Manchester dificilmente perderá os gols.

    Não importa o q aconteça, o ano pra mim tá ganho …o Flu teve um 2023 maravilhoso, diferente dos últimos 10 anos. O mundial seria a cereja do bolo (e que cereja), mas com a teimosia do professor Fernando, teremos mais uma vez q contar com o auxílio dos deuses do futebol , do Papa , do Sobrenatural de Almeida, do Nelson Rodrigues, da mística, do imponderável, dos craques do passado, etc… só assim.

    1. Você falando de “teimosia”!!
      O Fernando Diniz, tem convicção! Convicção pq diferente de vc jogou futebol e trabalha muito e quem trabalha Deus ajuda!
      A propósito, o supercampeão Real Madrid, Benzemar, Sérgio Ramos/ Modric e cia era um time envelhecido?

      A verdade q vc esconde está registrado nos seus posts de muitos anos!
      Vai lá, faz uma visitinha de cortesia. Time não ganha rigorosamente nada; time de Masters; Nikão, Ricardo Goulart Nino boneco de posto, Gansono e mimimi e tititi.

      Nando, Deus não é menino, ninguém tá comendo o seu H.
      O q sei é q existe uma demanda reprimida de posts q vc preparou esculhambando o Fluminense e não teve chance de postar!

      Fluminense é para os fortes!!
      Se Deus quiser seremos…

      1. Conheci muitos amigos flamenguistas ferrenhos, mas conscientes e sensatos (sim, eles existem) ao longo da vida, que diziam q conheciam torcedores do flamengo que faziam eles quase terem vontade de torcer contra, de tão insuportáveis, chatos, sem noção, bobões parecendo crianças de 4 anos …que eles eram. Vc é talvez o único tricolor q eu conheci q se encaixa nesses ‘atributos’. Incrível como vc não muda e não ‘cresce’ (by Amaury).

        1. Nando, a palavra correta não é bobões, sem noção, Torcedor de dirigentes etc., essas palavras fazem parte de suas narrativas.
          Você q diz gostar de filmes… fazendo um pequeno ajuste, acho razoável dizer: Os últimos dos Moicanos – no plural, isso mesmo, pq ainda sobrevive um restinho de Torcedores do Fluminense com origem na covardia, medo, baixa estima e que no passado referiam-se ao Fluminense com timinho!
          Para o verdadeiro Torcedor Tricolor “complexo de vira-lata “. Nando, a palavra adequada é dignidade!
          Não se ofenda, tá na hora de você usar a sua…
          Faça uma visita aos seus posts, relembrando o q vc vem escrevendo do clube (direção, comissão técnica e atletas) q você diz ser Torcedor!
          Esse seu tímido e pseudo entusiasmo está desequilibrado não convence ninguém. Você desculpas a todos, todos que apontou com o seu dedo sujo!
          O Fluminense chegou no topo da pirâmide debaixo de suas críticas, críticas teratologicas.
          Nando, mais uma vez: dignidade é a palavra de ordem.
          Fluminense é para os fortes!

    2. Lucido tricolor , assino e carimbo seu comentario cristalino , vamos apelar novamente as forças ocultas e ao sobrenatural pois o teimoso deve repetir o mesmo time esquecendo que do outro lado esta uma equipe comprovadamente formidavel e muito bem dirigida.
      Concordo, haja o que houver ja estamos no lucro !

      1. É isso, caro Luiz. Vamos torcer pra Fábio, Nino, André, Cano, JK…fazerem a partida da vida.
        O jogo que me vem à cabeça é aquele do Inter contra o Barcelona em 2006… 1×0, gol do Gabiru… não sei por quê.

    3. Caro Nando , esta craca que se encrustou em seu casco é daquele tempo em que torcedor era um bicho acéfalo, inerte, que aceitava tudo no lombo, sorrindo, faceiro.
      Hoje somos (não ele) lúcidos, críticos, participantes, influentes.
      A prova está aí : tomamos um sacode do Manchester, de quem a craca tanto lambe os ovos.
      Ligue não, parceiro.
      Quem conhece, conhece !!!!!

  5. Caros,

    A soberba e arrogância inglesas são velhas conhecidas do mundo e de suas massacradas colônias… Afinal, no futebol eles já ganharam… uma Copa do Mundo! Aquela mequetrefe na própria Londres com um lance roubadinho contra a Alemanha. Já a periferia aqui… Penta campeão em Copas do Mundo, ganhando todas fora de casa.

    Amanhã, para justiça no futebol e equilíbrio do Universo conhecido e desconhecido, o Império Inglês conhecerá na queda o duro preço cobrado por sua arrogância e soberba.

    Vitória Fluminense!

    SDs T

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