Com pompa e circunstância, Flu é bi da Guanabara

“O Fluminense anda feliz da vida”, escrevi na abertura da coluna passada.

Anda também campeão, acrescento agora, levantando taças.

Com pompa e circunstância.

O quê de circunstância se deveu à derrota do Flamengo para o Vasco, três dias antes da decisão.

Sabe-se que, naquele, se o Rubro-Negro tivesse vencido, o Fla-Flu tornar-se-ia mera formalidade — no máximo uma disputa pela vantagem na semifinal, para o Tricolor.

Mas, não.

O Fla-Flu desta quarta foi pegado, extasiante, nitroglicerínico.

Muitas faltas e uma arbitragem confusa não fizeram do clássico uma obra de arte.

Fernando Diniz levanta sua primeira taça pelo Flu, ao lado de Nino, Felipe Melo e Ferraz

Mas o Flu é campeão com pompa porque três atos líricos foram os pilares de sua campanha triunfante da Taça Guanabara.

A começar pelo gol do meio de campo, contra o Vasco, que até Pelé assinou.

Passando, já na rodada seguinte, pela bicicleta de Keno, contra a Portuguesa, outra pintura marcada pela plasticidade do lance.

Cano, o trovador, também estava na decisão, para marcar o gol do empate, lembrando circunstâncias do jogo que decidiu o Estadual de 1985, envolvendo Fluminense e Bangu — porque também de virada, com os dois gols no segundo tempo, na mesma baliza, e também porque o gol do título saiu na hora em que a torcida cantava “A bênção, João de Deus”, uma coisa belíssima.

A especiosidade da grande final não se deu por qualquer gol nem por algum lance de efeito, mas pela vitória de virada, arrancada no coração, depois de um primeiro tempo morno do time tricolor.

Anunciado há menos de dez dias, Pirani marcou o gol que deu o bicampeonato ao Flu

O Flu fez valer o que entendia ser seu por direito e levou para as Laranjeiras o bicampeonato da Guanabara, depois que o menino Gabriel Pirani, recém-chegado do Santos, marcou o gol do título num chute cruzado de dentro da área.

A conquista faz cosquinha na alma e ratifica que a direção que o Flu escolheu é mais do que certa.

O pacto agora é pelo bi estadual.

***

Fotos: Mailson Santana | FFC

54 thoughts on “Com pompa e circunstância, Flu é bi da Guanabara

  1. Pois é!
    Passada a euforia (exagerada, pq ganhar fra -Flu é normal e foi apenas um turno), vamos aos fatos…
    a verdade é que foi mais um primeiro tempo ruim e se não fosse o var, nós muito provavelmente teríamos perdido o título. Mais inexplicável do que o juiz ter dado o gol (que seria o segundo dos mulambentos), foi o André ter parado na jogada. Repito: inexplicável o André ter desistido da jogada…o juiz deu gol na hora, corrigido pelo var.
    Ganso pior em campo, Cano como sempre salvando, Árias fodástico também…enfim, valeu por ter sido em cima do ‘mais querido ‘, mas há um longo caminho a ser percorrido…começando amanhã.

    P.s: eu continuo odiando o var e o titicaca … e vou começar a chamar o professor Pardal a partir de agora de professor ‘P’, para q não fiquem chateados alguns amiguinhos q eu tenho muita consideração. Professor Diniz, só em caso de conquista…de Liberta. 😬😁

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