Uma tarde de Fla-Flu

Foi o Fla-Flu da pureza, da singularidade.

Da emoção do técnico principiante Zé Ricardo abraçado ao veterano Abel Braga, ao fim do clássico.

Ambos, gigantes.

Fla e Flu.

Zé e Abel.

Pela humildade, docilidade, retidão de caráter.

Vice da Taça Guanabara, o Flamengo parabenizou, via redes sociais, o Tricolor pela conquista.

Desta vez vencido, Abel parabenizou o vencedor.

Pela dificuldade, resistência que impôs, o Flu valorizou a conquista do Fla, como reconheceu Bandeira de Mello, o presidente, e Zé Ricardo, o treinador campeão.

As torcidas também deram exemplo, um lindo exemplo.

Nada de troca de chumbos, provocações, animosidades.

Em vez disso, respeito, cordialidade, fidalguia.

Briga mesmo só por quem era mais entusiasta, fazia mais festa, cantava mais alto.

E foi aí o Fla-Flu ganhou as cores e o jeito que fazem dele um dos maiores clássicos do mundo.

Em campo, o gol de Dourado logo aos três minutos modificou todo o andamento da partida.

À frente do placar, o Flu deu a bola ao Flamengo, que dependia de jogadas individuais, e passou a miná-lo.

Apenas uma bola foi chutada na direção do gol tricolor em todo o primeiro tempo.

Na etapa final, o Flu esteve sempre mais perto do segundo do que o Fla do empate.

Renê e Pará vigiavam de perto Wellington Silva (sua pior partida) e Richarlison.

Guerrero também não produzia. O Flu, com bravura, cuidava de não deixar ele se criar.

Só Cavalieri não cuidou.

O camisa 12 falhou pela enésima vez na temporada, ao bater roupa numa cabeçada fraca de Réver, quase aos 40.

Guerrero, que se isolou na artilharia (dez), não perdoou.

Nem o árbitro, que não viu o empurrão de Réver em Henrique.

O campeonato foi decidido aí e o que se passou a seguir foi consequência de um Flu desesperado, que viu todo o seu esforço ser aniquilado por mais um erro individual de um goleiro lento,’ ultrapassado, mas que parece ter cargo vitalício nas Laranjeiras.

E o Fla, que não tem nada com isso, colocou a taça sob o braço e deu o seu merecido grito de campeão num Maraca que bateu recorde de público no país em 2017 (quase 70 mil).

Sem tempo a lamentar, o Flu já viaja hoje para o Uruguai, para o desafio de quarta na Sul-Americana.

Com Cavalieri no gol.

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193 thoughts on “Uma tarde de Fla-Flu

  1. Vou esperar o final do jogo para ter uma compreensão melhor do jogo. Espero que ele mude essa formação ridícula de um meia e três atacantes. Bom jogo, nobres Tricolores!
    Abraços Tricolores.

  2. Abel já começou a se enrrolar, CADÊ o M Calazans, Lucas Fernandes, será que vc é cego….., M J e Maranhão é sacanagem …..

  3. E vendo a foto da coleção de camisas do Messi, vejo o manto tricolor.
    E adivinhem? Camisa 3 …..Gum!!

    Agora fiquei curioso para saber como essa camisa chegou nele…..

    ST

  4. Parabéns à garotada tricolor, que não fez feio e honrou nossa camisa levando o time do lamaçal de um total descrédito no inicio do ano (levando) até a disputa de uma final, contra tudo e contra todos, desde os 12 em campo (jogadores + infeliz do apito)+ midia escrita + falada +televisada + escarrada + Ferj, etc., etc., etc.
    Ao mesmo tempo – paralelamente – segue classificado para a 1ª Liga, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.

    Parabéns ao time que – contando os 10 de linha que entraram em campo – forma a incrível média de 23,1 anos de idade. Time de meninos.
    Que, paradoxalmente, teve seu sonho de campeão adiado por conta de falhas daqueles que meninos já não são, a começar pelo soprador de apito, frango de macumba e outros do time que já não são ‘di menó’.

    Parabéns a todos os dirigentes do clube que tiveram a coragem de romper com aquele bando de aproveitadores que sugavam nossa tradição e expunham o nome do Fluminense ao esgoto onde vivem todos os vigaristas : o esgoto moral.

    Parabéns meninos !

    Parabéns, Abel, que se não foi perfeito ( e não foi ) pelo menos teve a grandeza e a audácia de formar um time de garotos e lança-los – literalmente – às feras, com facas nos dentes. E não fizeram feio. Muito pelo contrário.

    Formamos a partir daí um patamar de onde – apesar de tudo e de todos – nosso time trará alegrias, vitórias e títulos, estejam certos.
    Pode não ser amanhã, mas não tardará e voltaremos a brilhar como nos bons tempos.
    Então o ranço daqueles aproveitadores será consumido pelo tempo e dali em diante só restarão vibrações verdadeiramente tricolores.

    Torço para que o Abel repense sua teimosia e parta para outra etapa de sua carreira em que reflita sobre suas teorias e ouça outras fontes de informação e saber, para que sua mente se abra um pouco além do que acontece hoje.

    Parabéns, tricolores.

    16:53 > 10/Maio.

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