Pulmões pra que te quero

O Fluminense entra na semana da decisão da Recopa com um desafio até maior do que vencer a LDU por dois gols de diferença.

Fisiologistas atuantes no meio do futebol explicam que, depois que um elenco regressa das férias, o tempo para que atinja o máximo do rendimento físico leva de seis a oito semanas.

O que quer dizer que o grupo de jogadores tricolores que retornaram só em 25 de janeiro, pela disputa do Mundial, só chegarão ao ápice de sua capacidade lá pela semana da Páscoa, no fim de março ou começo de abril.

A semana que terminou foi dura para a delegação do Flu, que se viu obrigada a jogar um Fla-Flu menos de 72 horas depois do desgastante duelo de ida, contra a LDU, na altitude de Quito.

Ainda longe da performance física considerada ideal, era natural que muitos sentissem os efeitos das duas partidas, disputadas em condições climáticas extremas, no alto do morro e sob o calor insano do Rio de Janeiro.

Por isso, tanto em Quito quanto na capital fluminense, foram recorrentes os pedidos de substituição por motivo de exaustão. Foi o que aconteceu no intervalo do Fla-Flu, com Guga e Thiago Santos, que chegou a abrir o placar, de cabeça, antes de o VAR detectar impedimento no lance. Marlon, com dores no joelho, também teve que sair.

Diante de tais elementos, é natural que se questione a real necessidade de Fernando Diniz ter escalado metade dos jogadores de linha considerados titular num campeonato em que o time já estava classificado para as semifinais — e num clássico entremeado a dois jogos da maior importância para a história do clube.

Fica a impressão de que os atletas não tiveram um tempo de recuperação adequado da aventura no Equador, e tampouco terão para a finalíssima, na próxima quinta, justamente porque submetidos a esforço desnecessário.

Taticamente, o Flu fez um bom primeiro tempo, “preservando o caos” entre as linhas e o seu jogo por aproximação, dando uma estocada aqui e acolá.

Mas o tal equilíbrio se perdeu justamente por causa da parte física e das ditas condições a que os tricolores foram expostos.

Dessa forma, o Flamengo soube explorar os buracos na defesa deixados pelos substitutos, que não acompanharam o rendimento dos que sucumbiram e tiveram que sair no intervalo. O gol marcado por Pedro, livre no segundo pau, ilustrou bem a situação (no segundo, em chute de Cebolinha, a culpa foi exclusivamente de Fábio, que tem crédito de sobra).

Mesmo com o enfrentamento sendo disputado a nível do mar, depois dos últimos dois jogos, o Flu deixou a impressão de que precisará escalar uma montanha para levantar outro troféu internacional nos próximos dias.

A LDU não tem nada com isso e vem ao Rio tentar fazer a sua graça.

O Flu, porém, é mais time, mas vai precisar superar tudo para exorcizar o fantasma.

Que assim seja!

***

Foto: Lucas Merçon/FFC

73 thoughts on “Pulmões pra que te quero

  1. O interesse do Fluminense num goleiro paraguaio comprova que o Fábio está em final de carreira!
    Sendo assim, não será melhor colocá-lo no banco?

    1. Pois é JH…e é sinal também de que o Fluminense não confia em nenhum dos 2 ou goleiros reservas do Fábio, que não jogam nunca em jogos mais difíceis.
      O Fábio tem muito q agradecer pela longevidade da sua carreira e não lamentar, mas não dá mais também pra ele.
      O Flu tem q parar com essa loucura de contratar jogadores com 36, 37, 40 anos e fazer contratos longos.

  2. Tem que ser colocado aqui que aquele titulo do brasileiro de 2012 deixou a torcida tricolor muito feliz mas no ano de 2913, foi aquela apreensão com o rebaixamento que poderia ter acontecido no brasileiro.

    Eu espero de coração que não tenhamos outra situação daquela, pois muitos personagens não querem ver o Fluminense campeão de nada esse ano.

    Mesmo assim, os jogadores têm que querer alguma coisa e o Diniz parar de reinventar a roda.

  3. Parabéns Carlos Alberto Parreira…maior técnico da história do Fluminense.

    Presidente Mário lacrador, quer motivar esse time sonolento e sem vontade? Mostre pra eles a carta do Abel. Quem sabe…?

  4. Diego Souza, o volante Maurício e o Thiago Neves estão elogiando e aparecendo pra caramba nas mídias o Fluminense (no caso do TN é por causa do aniversário). Já viram né? Kkkkkkkkkkk

  5. Marlon não pode sair do Fluminense!
    É um ótimo zagueiro, forte, alto, bom desarme, bom de cabeça e o mais importante sabe sair jogando.
    É disparado o melhor zagueiro que temos
    A cada jogo, melhora um pouco.
    Não façam a m*rda de descartar o Marlon, porra!

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