Fla-Flu é de novo do Flu, e Julião tem seu dia de herói

Igor Julião foi o herói improvável da vez, no Fla-Flu 431, o primeiro depois da unificação da contagem entre os Irmãos Karamazov do futebol brasileiro – ótima iniciativa da dupla, por sinal.

E conforme havia acontecido na última vez em que se enfrentaram, pelo Brasileiro, há dois meses, com um gol tricolor no final.

O petardo de Julião não foi nos acréscimos, como o chute cruzado de Yago, mas já ali perto dos 40.

O Fla-Flu da terceira rodada do Estadual-2021 também esteve longe de ser eletrizante como aquele, decidido de virada.

Disputado por jovens e reservas, o clássico só valeu mesmo pelo resultado.

E pela estreia vitoriosa de Roger Machado.

Iniciar um trabalho ganhando um Fla-Flu caiu como uma bênção ao novo treinador, pois o Tricolor em nenhum momento pareceu se encontrar.

Sem imaginação, o time se atrapalhava na defesa, e não conseguia dar seguimento a qualquer jogada de ataque.

A entrada de Kayky, no segundo tempo, talvez seja o único registro que valha a pena, uma vez que o garoto, já negociado para o Grupo City – o que deixa os tricolores saudosos antes mesmo de vê-lo brilhar em cima –, elevou o rendimento do time.

Na contramão, Ganso sequer merece nota. Até quando corre, mostra que é para não chegar.

Afinal, o que ele quer?

Sensibilidade mesmo mostrou ter o sempre contestado Igor Julião, talvez o pior em campo, ao lado de Ganso.

Mas o lateral, que viu Gabriel Batista adiantado, arriscou seu pombo-sem-asa e viu, pela primeira vez em 87 jogos pelo clube, seu chute morrer no fundo da rede.

Coisas de Fla-Flu.

Que em 2021 vem sendo só do Flu.

E de seus eternos Yagos, Juliões e demais heróis improváveis.

Viva eles!

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