Em noite alvinegra, o Fluminense adiou o sonho de jogar sua quarta decisão de Copa do Brasil.
Campeão em 2007 e vice em 1992 e 2005, o clube participava pela sexta vez de uma fase semifinal.
Era a melhor chance de voltar à grande decisão desde a eliminação nos pênaltis para o Palmeiras, em 2015.
E o tetracampeão brasileiro entrou até com leve favoritismo para os confrontos contra o Corinthians.
Mas sucumbiu aos próprios erros individuais.
Três dos quatro gols marcados pela equipe paulista nos 180 minutos (o último foi contra, de Felipe Melo) tiveram origem em erro de passe ou saída de bola dos tricolores, isto é, não foram originários de jogadas coletivas construídas pelo time do português Vítor Pereira.
É vacilo demais para uma fase tão aguda assim — e contra um adversário cascudo, embora perfeitamente batível.
Acresce que o Flu entrou para o jogo mais importante do ano sem a sua dupla de volantes titular, André (suspenso) e Nonato (negociado com o futebol búlgaro).
Os substitutos Wellington e Martinelli não comprometeram, mas estiveram longe de dar ao meio de campo a qualidade necessária para o jogo de imposição técnica de Fernando Diniz.
O Flu, assim, sofreu com suas ausências e jamais esteve confortável na Arena, embora tenha melhorado com a entrada de Nathan, acuando o Corinthians em boa parte do segundo tempo.
Mas, sem precisão na finalização, o mais próximo que chegou do gol de Cássio foi uma bola no travessão, em falta cobrada por Jhon Arias.
É chover no molhado dizer que “se” não entra em campo.
Mas o vacilo no Maracanã no minuto final e o erro de posicionamento de Fábio no gol de Renato Augusto em Itaquera comprometeram toda a estratégia do Flu, que não estaria inteiro no ataque aos 45 do segundo tempo, quando Giuliano matou o confronto.
Sem a Copa do Brasil, o Tricolor busca agora, via Brasileirão, sua vaga direta na Libertadores.
Sólido na competição, o Fluminense, atualmente no G4, cumpre excelente temporada e tem chances enormes de sucesso — até mesmo numa eventual Libertadores — se optar pela permanência de Diniz em 2023.
Como Telê no São Paulo, no início dos anos 1990, o clube tem nas mãos a chave para fazer do atual trabalho de seu treinador — reconhecido até por profissionais de ponta e tabloides europeus — uma filosofia permanente de jogo.
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“Jogar contra eles exige da gente um nível de concentração altíssimo. Considero excepcional o trabalho de Fernando Diniz.”
[Vítor Pereira, técnico do Corinthians]
O video que está circulando com a reação de tricolores na eliminação representa o real sentimento do torcedor.
O do comentarista do netflu e do canhota de ouro então, é a síntese do que sofre o pobre torcedor do Fluminense.
É chover no molhado. Os Wellingtons, CP e FM da vida. Laterais de oficio (ruins ou não) viajando para os jogos só para esquentar o banco. Para que pagar salário para os pineidas da vida?
Elenco em torno de 30 jogadores, mas só os mesmos malas de sempre que entram.
Todo mundo é lateral neste time, menos os laterais que foram contratados.
Por muito menos outros goleiros foram barrados (vide marcos felipe) mas Fabio segue blindado.
Até quando?
Tem um comentário aqui, que eu respeito, que acha que se é ruim com Diniz, pior sem ele.
Veja, perder título com Diniz, Cristovão, Abel, odair, ou quem quer que seja é a mesma coisa, não faz diferença nenhuma. Seja jogando bonito ou feio.
Falta resultado. Falta planejamento de montar um time realmente competitivo.
Considerar o retorno de Thiago neves é um tapa na cara do torcedor.
Dizer que vai manter o técnico porque não está pensando em resultado, outro tapa na cara de quem paga o sócio torcedor e gasta dinheiro com o clube.
O resultado que ele não está preocupado é que gera a receita principal do clube.
Talvez ele não esteja preocupado pois sabe que pode vender mais um jovem para pagar as contas dos próximos 3 meses.
Depois reclamam que o torcedor não vai ao estádio, que não se associa, etc.
Agora é torcer para que o próximo presidente pelo menos pense que resultado é sim importante, que pagar alto salário para quase ex jogador é jogar dinheiro fora.
Vamos torcer.
ST
Bravíssimo, prezado Andrei ! É isso tudo aí que você disse mesmo. To assinando embaixo !
ST
Não se surpreenda se alguém postar: ruim com Bittencourt, pior sem ele …
O que você expõe é fruto da razão, Andrei.
Ocorre que o torcedor é a vítima do imbróglio administrado pelo reizinho.
E o torcedor não é a razão, mas a emoção, a paixão.
E por isso deixa-se levar pelo brilhareco da vitoria em uma partida, ou por uma “colocação honrosa” , ou pela permanência na Série A.
Isso tudo inocentemente alheio ao fato de que o clube encolhe, enquanto os rivais crescem ano após ano.
Parabéns pela lucidez do texto, Andrei.