A dura vida de quem não sente o tempo passar…

Tão difícil quanto esperar o 4 de novembro é escrever sobre esses jogos que antecedem a jornada que poderá nos arremessar de vez no olimpo do futebol sul-americano. Nesses embates, a torcida é mais pela conservação da integridade dos jogadores do que propriamente pelo resultado. Imagine o que seria do Fluminense se perdesse, lesionado, alguns de seus jogadores insubstituíveis, como Fábio, por exemplo, ou então o artilheiro da competição, Germán Cano?

Por isso, os jogos do Brasileiro viraram um grande tormento depois que o Tricolor se credenciou à grande final da Libertadores. No campo duro de Bragança Paulista, o alívio veio antes da partida, na suspensão de Felipe Melo e Marcelo contra o Corinthians, e na preservação, a duas semanas da final, do capitão Nino, que segue se recuperando de uma entorse no tornozelo quando estava com a Seleção, e John Kennedy, com pubalgia.

Sabe-se, claro, da necessidade de o time acumular pontos no Nacional para não se afastar do grupo de clubes que disputarão a próxima edição do torneio internacional, para o caso de acontecer o que nenhum tricolor não quer nem pensar, contra o Boca, no Maracanã.

Contra o Goiás, no meio de semana, o Flu talvez tenha a sua melhor chance antes da final de voltar a vencer na competição, porque deverá ter pela última vez os titulares à disposição (contra o Bahia, em Salvador, a quatro dias da decisão, é praticamente certa a escalação dos reservas, e contra o Atlético-MG, em BH, no próximo sábado, é possível que Diniz não arrisque tanto, mandando a campo uma equipe mesclada, como com o Bragantino, contra quem não teve praticamente toda a defesa titular).

O Massa Bruta, por sinal, não lidera à toa o returno do campeonato, com 20 pontos. Com semelhanças em seu estilo jogo com o do Flu, como a pressão na saída de bola, incomodou o time do Diniz desde o começo, quando mandou duas bolas na trave e conseguiu o gol único, em pênalti cometido por Alexsander.

Foi a partir desse momento que o Flu viveu seu melhor momento na partida, até o intervalo, quando André, improvisado na zaga, se adiantou ao meio para ajudar o time na criação de jogadas. Foi pouco, porque no segundo tempo o Bragantino conseguiu voltar a neutralizar seu adversário, que pouco ameaçou o gol de Cleiton.

Vida que segue — ao menos sem ninguém machucado.

***

Foto: FFC

96 thoughts on “A dura vida de quem não sente o tempo passar…

  1. Caso Manoel. Suspensão por oito meses. Pode voltar a treinar em dezembro e a jogar em fevereiro/2024.
    Tecnicamente uma vitória que deve ser comemorada pelo atleta e creditada ao seu advogado. Casos dessa matiz, em regra, recebem penas maiores. Que Manoel volte a treinar com todo ânimo e com cuidado muito especial com as substâncias que possa usar, pois a reincidência impõe penalidade mais longa ou até a proibição definitiva da prática esportiva.

  2. A não definição da FluFest nas Laranjeiras parece estar na proibição(?) da Conmebol que assim também agiu quanto ao Fortaleza, contra o quê se postou o prefeito daquela cidade. No Rio, a prefeitura reservou o sambódromo para a torcida do Boca. Por muito mais razões essa medida fraterna e justa deve ser adotada para seus cidadãos. A Conmebol, que despudorosamente vem penalizando o Fluminense, tem sua competência limitada ao futebol não alcançando as festividades fora dos estádios. Se as autoridade pública não se impuser como fez a cearense, convém que peça autorização à Conmebol para outros eventos, como natal, carnaval, etc …

  3. Continuo sem sintonizar .
    Entendo que a tal “gratuidade” a que v se refere diga respeito á concessão de ingressos grátis a quem é sócio, para jogos Flu, não?
    Isto é, refere-se ao assunto futebol.
    Se não é isso, estamos falando de coisas completamente diferentes.
    Ainda mais claro : sou aposentado pelo INSS. Logo, também vítima do embuste previdenciário.

    1. A gratuidade é relativa a uma legislação vigente que garante que parte de ingressos em eventos ou passagens em transportes coletivos é gratuita para pessoas com mais de 65 anos. Não se trata só de futebol.

  4. Cenário perfeito para uma caridade daquelas !!!

    Goiás, 16° colocado, a um pontinho apenas do primeiro ocupante da Z4 .
    Será que Carmelitas estarão em campo hoje ?

    A ver, turminha.
    A ver !

  5. Tenho uma opinião muito clara sobre esse lance de poupar ou não poupar jogadores titulares. Na minha opinião quem ter q ser ‘poupado’ em um determinado jogo é o extra-classe, aquele jogador extraordinário, como Messi ou Rivelino. No time do Fluminense não tem nenhum jogador desse nível (não venham me dizer q há alguém do nível de Rivelino, por favor…), mas há alguns muito acima da média e que deveriam ser mantidos numa ‘redoma de vidro’, se possível…a citar Fábio, André, Cano, Marcelo (no meio) e Árias.
    Aliás, achei um erro de planejamento o professor Pardal não ter dado mais ‘rodagem’ a um dos goleiros reservas.
    E ao q parece, o Alexsander perdeu mesmo a vaga de titular. Não jogou bem contra o Bragantino? Ok…mas e o ganso tartaruga q não vem jogando nada praticamente o ano inteiro?

    1. Nando essa rodagem estenderia até para outras posições também.

      O estranho foi ver que alguns jovens que estavam entrando como Felipe Andrade, Isac e João Neto que já jogaram bem quando entraram, não vem tendo mais oportunidades.

      Aí temos que aguentar Yone, Lelê e etc.

      É aquela famosa “panelada” que acontece.

    2. Concordo Nando, com esses nomes, mas só acrescentaria o nino.
      Fabio, nino, andre, Marcelo, cano e arias. Os demais titulares, como Samuel, Felipe , gansono e keno podem e devem atuar todos os jogos.
      Quanto ao goleiro reserva, se Fabio se contundir nesses jogos, quem poderia substitui lo contra o boca?
      Esse Vitor eudes não atuou uma vez sequer.

      1. Face à contusão em jogo da “exuberantemente fantástica” seleção brasileira, Nino já vem sendo “poupado” há uns quinze dias e não está relacionado para o jogo se hoje.

      2. Pois é Marcelo! Não sou adepto de poupar time inteiro, mas esse jogo é especialíssimo pra todo mundo…no entanto o professor Pardal pensa diferente e vai escalar todo mundo, inclusive vai dar mais uma das milhões de chances pra ganso tartaruga. Ô bicho teimoso…

  6. Caros,

    Não vou começar polêmicas de ordem política por aqui de novo com quem acha que aposentadoria ou gratuidade é uma apropriação indevida de quem está na ativa, e não um prêmio a quem já colaborou dando seu quinhão para quem veio antes. Não adianta discutir com convertidos, e peço que eles passem bem…longe. Mas continuo esperando informações sobre gratuidade, que por lei, vai rolar já que não há mais ingressos disponíveis.

    SDs T

    1. Carlos, entrei em seu comentário sobre gratuidade apenas para fazer uma brincadeira .
      Falando sério : nem me passou pela cabeça que minha intromissão fosse acabar gerando polêmica.
      Tampouco vi maldade no texto do Tche, que em outras palavras ressaltou o que é óbvio: ninguém pode dar o que não é seu, ….. mas que isso acontece.
      Ruído de comunicação, Carlos .
      Isso acontece, lá uma vez ou outra.
      De boa !!!

    2. Tens toda razao em nao discutir com os ” convertidos ” ( bitolados ) esses sao os mesmos que acham um ” luxo ” e um “privilegio ” o direito a ferias, o 13 salario, horas extras, aposentadoria, fgts, auxilio doença, etc .
      Sao o mesmos que vendem a perversa ideia que ser motorista de aplicativo, entregador de quentinha e camelo e ser ” empreendedor “.

      1. Luiz, você veio com metralhadora, quando o assunto era a busca de esclarecimento sobre o tema. Papo de gente educada.
        Pegou mal.
        Mas, já que você atirou, digo-lhe que “convertido” e “bitolado” é o cacete.
        Assim, com todas as letras.

  7. Peço que o Mário e o JK venham juntos à mídia para esclarecer essa bosta de suspeita.
    Estão querendo desestabilizar o Fluminense e emputecer a torcida!

  8. Estratégia para diniz não fazer meida no jogo do dia 4: submetê-lo a um exame de colonoscopia duas horas antes de começar a partida

  9. Este jogo do dia 4 será briga de mamutes.
    Dois gigantes lutando por um prato de comida.
    As forças se equivalem física e tecnicamente.

    Qual será então o fator determinante ?
    Serão dois, imagino : a tática e a arbitragem :

    Tática : barbas de molho com o Pardal.
    Se o gajo escalar os dois veteranos, Ganso e Marcelo, juntos, já entraremos em campo segurando as calças, que estarão a cair.

    Arbitragem : o Presidente da Conmebol ( que escala o árbitro) é membro do Conselho, sócio e torcedor do Boca.
    Daí, …. , bem, tirem suas conclusões.

    Moral da história :
    O Fluminense estará lutando contra todo e contra todos.
    Só trará o caneco se estiver em um dia iluminado, em estado de graça, com atuação irretocavel, perfeita, sem deixar qualquer brecha para interpretações tendenciosas.

    Até dá, mas é bom deixar o Isordil à mão.

    1. Eu colocaria mais um fator aí, a serenidade.
      Os argentinos vão catimbar o jogo todo, provavelmente (como vc já citou) com a ajuda da arbitragem, então nossos jogadores vão ter de estar de cabeça fria para suportar isso e evitar expulsões bobas ou um amarelo que fará pensar duas vezes antes de ir para uma dividida.
      Apesar das pífias apresentações do Fluminense, penso que temos mais time, o que nada significa em uma final de Libertadores.
      Se for para os pênaltis, já era.

      1. Por enquanto, brow! Até o dia do jogo o preço a ser estabelecido pelos cambistas em razão da demanda será entre 8 e 10 mil. Facim, facim … rsrsrsrs

      1. Mas cobrado em dobro de quem paga. É aquela velha história do “estado provedor”, só que o estado não produz riqueza alguma, ao contrário, subtrai de quem produz

  10. STT.

    O Fluminense está jogando todas as suas fichas na final da Libertadores dia 04 de novembro de 2023. O técnico do Boca Juniors estuda todos os jogos do Fluminense assim como o do Fluminense estuda o deles. É um jogo de xadrez antes da movimentação do primeiro lance, qual a peça a ser movimentada primeiro? Geralmente o peão inicia a partida, não impede de que se use o cavalo, o da direita ou da esquerda, o primeiro lance é fundamental para depois completar todo o raciocínio para um xeque mate. Antes do jogo ninguém quer movimentar as peças para não mostrar ao adversário qual vai ser a tática do jogo, o resto é especulação. Criticar antes do jogo, usar o achismo para como o time vai jogar, qual vai ser a organização tática é demasiado crítico. Sou de opinião que o jogo começa com o apito inicial da partida e termina com o apito final do árbitro, o resto é resto. Não entendo criticar antes da partida que nem começou ainda, tenham paciência. Espero que muitos se surpreenda com o jogo do Fluminense, eu ficarei feliz sendo um deles. É um bom começo.

    Saudações Tricolores.

    1. Prezado,
      Creio que as críticas se referem as péssimas atuações do time nos últimos jogos do Brasileiro, não creio que o Diniz está escondendo o jogo para a final, mas torço para que realmente o Fluminense entre com a faca nos dentes e nos traga esse tão sonhado título.

      1. Existe alguns fatores que corroboram algumas dessas péssimas atuações, caro FLU/TO. A arbitragem não tem nenhuma dúvida em marcar pênaltis, principalmente no início dos jogos, nem o var é chamado para os auxiliarem, todos os não Tricolores querem prejudicar o Fluminense. Jogadores não querem perder o jogo mais importante da vida, não é só os torcedores que querem assistir, eles querem jogar, por isso a morosidade, não os culpo. Em um jogo o Fluminense pode decidir jogos importantes que poderão leva-lo disputar títulos de gigantesco patamar: além da Libertadores, título Mundial de Clubes, um agora e outro mais a frente. Não podemos ser Campeão Brasileiro, por que perder tempo com um campeonato que não nos levará a nada? Em um só jogo poderemos ir “a glória eterna”. Estamos trabalhando nisso, conseguimos alguns trunfos, Samuel Xavier (herói improvável), John Kennedy e Lima são alguns deles. Voltamos a jogar no 4 x 4 x 2, no 4 x 4 x 2 e até no 4 x 2 x 4. Estamos estudando qual desses esquemas se adequam aos jogadores que temos. Parece que não existe nenhum trabalho nos treinos e nos jogos, parece que todos são vagabundos, técnico e jogadores. Existe muito trabalho e é por esse trabalho que vamos disputar a final da Libertadores. Não existe nenhum gênio de revista em quadrinhos para divertir os leitores, existe um trabalho árduo, grande e diário com muito suor e é por isso tudo que vamos disputar a final com grandes possibilidades de vencer o título, o resto são factoides e hipocrisia. Querem se divertir, vão ao teatro, quem vai para o Maracanã dia 4 de novembro vai para uma guerra, sairão mortos (força de expressão), feridos e vencedores ou então vá ler quadrinhos. Como disse Nelson Rodrigues: “O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda”.

        Abraços.

  11. Mais uma atuação ridícula e sonolenta, de dar arrepios em pensar esse time na final da Libertadores.
    1. Uma da piores partidas desse ano.
    2. Com certeza a pior do John Árias desde que chegou.
    3. Não entendo a volta do Danielzinho e muito menos sua escalação.
    4. Parece que os jogadores perderam a vontade, ou o Diniz perdeu o grupo.
    5. German Cano não viu a cor da bola.
    6. Mais um pênalti safado contra a gente, para mim foi falta fora da área.
    7. Ganso ou Marcelo não podem faltar na armação desse time.
    8. Como faz falta o John Kennedy.
    9. Até o Alexsander não vem jogando nada.

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