Ao sabor das circunstâncias

Quantos pontos mais o Flu terá que perder por erros na saída de bola para que Fernando Diniz se convença de que há jogos e jogos no Campeonato Brasileiro?

Assim como aconteceu contra outro Atlético, o do Paraná (agora Athletico, com agá e sem acento), o Flu, salvo nos minutos iniciais, quando o Galo ainda não tinha entrado no jogo, não conseguiu implantar seu estilo dentro de um estádio em forma de alçapão, como os são o Horto e a Arena da Baixada.

Eu currais assim, com pressão ostensiva da torcida adversária e uma defesa reconhecidamente limitada, sair tocando desde a própria meta é um convite à roubada de bola e ao gol adversário, sobretudo quando os zagueiros são carentes de recursos, caso de Digão, que tornou a falhar.

Diniz é ótimo treinador, tem entre os entusiastas ao seu trabalho craques como Tostão e Paulo Cezar Caju, mas tem de saber também quando variar seu esquema de jogo.

Foi assim que fez, por exemplo, na ótima vitória sobre o Peñarol, partida em que o time jogou um futebol franco, objetivo, com passes verticais, que ocasionaram inúmeras oportunidades de gols, sem quase se expor.

Contra o São Paulo, apesar da derrota, como Cuca orientou sua equipe a não marcar a saída de bola, o Flu se viu obrigado mais uma vez a diversificar. Em sua coluna do Globo, PC Caju chegou a escrever que, na companhia de amigos franceses, assistiu, em dado momento, a 15 minutos “primorosos, de arrancar aplausos” do time de Diniz, que, segundo Caju, “não tem o perfil marqueteiro que a imprensa busca, mas que de bola entende”.

“E bem jogada”, concluiu.

***

Embora futebol se ganhe dentro de campo, dada a sua situação atual, o Fluminense tem a obrigação de somar seis pontos em seus dois próximos jogos no Brasileirão, contra o vice-lanterna, CSA, e o lanterna, Avaí, dentro do Maracanã.

Se pudesse fazer sete pontos nestes dois confrontos, teria a mesma obrigação.

Chance ímpar para desafogar.

Em tempo: o confronto contra o Palmeiras, pela 16ª rodada, foi adiado para 10 de setembro.

***

Feliz Dia dos Pais!

_________________________________________________

E-mails para esta coluna: joaogarcez@yahoo.com.br

Curta a nossa fanpage: https://www.facebook.com/BlogTernoeGravatinha/

285 thoughts on “Ao sabor das circunstâncias

  1. Então, o pensamento, hoje, é só um: o Flu tem obrigação de “ganhar ou ganhar”, mudando um pouco a ordem do Horta, e todos os que acham o time um droga e outros que não acham esperam uma vitória mesmo e só isso.
    Eu, ultimamente, considero qualquer jogo do Flu como pedreira, e, esses de casa são, os mais aflitivos, porque o time não marca logo como alguns exigem e começa a se enervar, e o torcedor, que atrapalha mais do que ajuda, começa a vaiar este ou aquele, e aí é que complica.
    Eu não tenho certeza que vence nem que perde. Só vou esperar.
    (18/08) (14:58)
    >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

  2. Depois daquele jogo contra o Galo eu disse aqui que o Diniz precisa, prá jogar esse jogo contra o Corinthians, de alguém junto com o Allan ali no meio, e esse cara é o Caio Henrique.
    Se jogar daquele jeito, vai ser eliminado no primeiro jogo na casa dos caras.
    E não pode jogar só se defendendo. O Botafogo fez isso hoje e sifu.
    Contra essa defesa pesadona do Corinthians, o João Pedro pode ser decisivo. Ele e Yoni.
    Tem que ficar esperto tb com essa jogada do lado direito dos caras.
    Nos últimos dois jogos o Pedrinho vai no fundo e coloca rasteira na marca do pênalti prá que chega de trás.
    Na quarta feira o Urso fez. Hj, foi o Boselli.
    O Caio Henrique deixa espaços demais ali e pode ser fatal.
    Colocando ele no meio mata dois coelhos com uma porrada só.
    Tudo isso considerando que vence o CSA amanhã e o Diniz permanece.
    Se liga, Diniz.
    Amanhã é VENCER ou VENCER!

  3. Acredito que o assunto “abertura do futebol brasileiro para investidores estrangeiros” vai ter muitos debates.

    Se pegarmos esse plano que a CBF e a Câmara dos Deputados querem implantar no futebol brasileiro pode trazer ônus e bônus.

    Não sabemos como funcionará tanto a Lei como as regras se for realmente implantado aqui no Brasil.

    Mas partindo de uma premissa, não vejo outra saída para o Fluminense caso seja esse o caminho a tomar caso a Lei seja implantada no futebol brasileiro e que vai mudar muito a forma de se gerir um Clube do porte do nosso tricolor.

    Na hipótese do Fluminense vir a ser comandado por uma multinacional ou mesmo um milionário do exterior, a forma de administrar o Clube terá mudanças profundas aonde a busca de metas e objetivos caminharão juntas. E resultados terão que ser alcançados no Fluminense

    Clubes estrangeiros vivem essa realidade como na Inglaterra e em outros países.

    É óbvio que outras alternativas para tirar o Fluminense do atoleiro em que se encontra não tem tido os resultados esperados como incrementar o programa de sócio ou até mesmo uma parceria forte que aplique altos investimentos no futebol e sanar as dívidas. Insistir nessas práticas provavelmente não

    Outros Clubes aqui no Brasil estão vivendo um “boom” financeiro que permitem ter condições de investirem em infraestrutura e terem elencos fortes para buscar títulos e com isso ganharem as melhores premiações.

    Enquanto isso o Fluminense caminha na contramão vendo os adversários noutro patamar no futebol brasileiro.

    Esses adversários buscarão se beneficiar dessa medida e o Fluminense deverá fazer o mesmo se quiser voltar a ser respeitado.

    Tema que merece o debate aqui.

    1. O Fluzão nessa draga, com a administração não fazendo nada, só no sapatinho

      e o NetFlu com a velha formula de pesquisa fraudada13

      Avaliação da adm do MB:

      48% ótima
      38% boa

      ou seja, o NetFlu ‘achou’ 86% da torcida Tricolor de um outro planeta, muita satisfeita com a gestão do Mariozinho.

      O que um ‘patrocionio’ não faz.

      ô sitezinho sem vergonha.

      E ainda corremos o risco de aparecer um estrangeiroFlusocio ‘investidor’, com o dinheiro roubado, pra comprar o que sobrou do Tricolor e virar dono.

    2. Sobre a “abertura do futebol brasileiro para investidores estrangeiros”, no caso do Fluminense, teria que mudar o seu estatuto através de uma Assembleia geral tornando o Clube uma S.A. com vendas das ações no Mercado Financeiro. Ou, por exemplo, um patrocinador master nos moldes da UNIMED, tendo o seu presidente, Celso Barros, comandando de fato o futebol do Clube. Na situação atual onde a sua torcida, não sei qual o motivo, fica no imobilismo não enchendo os estádios e nem aderindo ao programa “sócio torcedor”. Creio ser promissor ao Fluminense por qualquer dos dois motivos, ter um investimento de grande porte para pelo menos, por um tempo razoavelmente curto, ter um estádio de pequeno para médio porte e um bom time dentro dele disputando suas partidas.

      Abraços Tricolores.

      1. Sim Juarez, não dá para hoje saber como será esse aporte financeiro.

        O caso do Fluminense estar nessa quebradeira merecerá um bom estudo para ver em que áreas serão direcionados o patrocínio, onde uma provavelmente seja a de resolver o que fazer nas Laranjeiras.

        ST.

    3. Ora, Washington.

      O que fez aparecerem esses clubes milionários na Europa, que levam os craques do mundo todo para lá, foi essa abertura que fizeram, que endinheirados de outros países despejaram grana neles. Antes eram tão quebrados como os nossos, mas as rendas davam para que eles vivessem como os daqui viviam. . .

      Aquele negócio de diretores, beneméritos, sócios funcionava nos velhos tempos como era no Brasil, mas não dava camisa a ninguém, não, e eles mudaram. Mas há os “maledicentes” que dizem até que há muita lavagem de dinheiro naquilo. Será?

      Mas eu acho que os milionários desses cantões por aí não terão coragem de botar dinheiro por aqui, não, pois a moral está bem baixa na nossa terra depois de uma fase bem explicita de ladroagem geral.

      Se o Flu for patrocinado por um ricaço desses, mas mantendo a sua identidade, eu continuo sendo tricolor. Se ele for comprado por um estrangeiro qualquer, eu acho que passarei a ver isso de modo bem diferente, e imagino que a paixão vai desaparecer.

      Mas você falou de clubes brasileiros vivendo boom financeiro? É mesmo?
      Eu, ao contrário, já imagino que todos estão com problemas de dinheiro, uns mais outros menos. .

      Outro dia li algo na internet de um cara falando exatamente desses clubes todos, do sufoco de alguns, e disse que o Flamengo está indo às compras, mas a conta ainda não chegou.
      Não sei o que ele quis insinuar.
      ST
      (18/08) (00:18)
      >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

      1. O que está mostrando nesse “boom financeiro” PCA, reside no fato de que alguns clubes que tem patrocínio de bancos estão conseguindo se fortalecer em campo e os resultados estão aí na tabela do brasileiro.

        O Cruzeiro vive uma crise muito em função dos atos de espertalhões que querem fazer seu pé de meia.

        No Fluminense o problema reside na própria falta de captação de recursos como ocorre com os outros grandes onde vemos jogador caindo fora para receber mais e em dia, impossibilidade de contratação e pagar as contas mensais.

        Aí outro fato que o Fluminense depende de Xerém, mas nem sempre pode se contar com a base para fazer caixa, pois a safra às vezes pode não ser boa. O time também perde por não usar por um bom tempo os valores que de lá saem igual vai ser o JP que ao fim do ano parte para a Inglaterra.

        ST

    4. O tema é muito bom, Was Luiz. Nesse sentido, concordo 100% com o companheiro PCA, aliás, no breve relato que fez, o PCA faltou mencionar o famoso ‘livro de ouro’ e mais na frente, Palmeiras x Parmalat, no início fartura! E final melancólico, culminando com rebaixamento… até o torcedor, senhor Paulo Nobre, presidente em exercício colocar a mão bolso e injetar mais de 200 milhões no cofre palmeirense! Estancou as penhoras, torcedor fazendo a sua parte, negociando tudo inclusive, os jovens atletas!
      Oportuno comparar com o Fluminense… nosso presidente MB, desprovido de recursos, CB, idem e falido, torcida?? Menção honrosa aos 20 mil de quase sempre! O resto …no sofá, nas redes sociais chilicando!
      Ah, o Peter trouxe o simpático Pedro Antônio, e o que fizemos?

  4. Tudo bem que não pode se misturar as estações.

    Assisti o jogo Corinthians x Bota e não surpreende as características de jogo deles.

    A marcação da saída de bola é presente buscando sufocar o adversário.

    Quando não estão com a bola, os jogadores voltam em bloco não deixando espaços nos setores da equipe.

    A troca de passes deles é rápida para pegar o adversário mal postado na marcação.

    A marcação que eles exercem possibilitam ainda que na roubada de bola, pega o adversário aberto onde o contra ataque é fatal.

    O Pedrinho que joga no lado esquerdo do ataque tem uma técnica muito boa no drible e no passe. Um dos gols saiu justamente numa boa jogada dele.

    Um fato curioso ficou por conta do sistema de irrigação da casa deles ser acionado somente no lado que o adversário defende.

    O Fernando Diniz deve ter acompanhado o jogo e já deve ter a noção de como o Fluminense deve jogar para não deixar o Corinthians comandar a partida e assim beliscar um bom resultado no primeiro confronto pela sulamericana.

    Lógico também é o Fluminense não atuar como ocorreu nas contra o Atlético MG e saber aproveitar as oportunidades que surgirem nessa partida que será difícil.

    Mas a vitória do Fluminense é possível.

    1. Meu caro Washington sua análise está perfeita. Só discordo num ponto: Diniz não tem competência para ‘driblar’ qualquer esquema tático do Carille. O sistema de jogo do Diniz é pro Carille atropelar. Estou MUITO pessimista!

  5. Diniz ‘ameaça’ com Mascarenhas na lateral e CE no meio. Estou curioso pra ver como será. Um não joga faz muito tempo, o outro ficou fora da posição outro tanto.
    Gostei!
    Tomara que funcione!

    1. Pedro, eu espero que a marcação melhore e a defesa possa ter mais proteção, pois deixar só o Allan com essa função, resultou em muitos resultados ruins que o Fluminense teve no brasileiro.

      ST

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *