Dos lapsos ao futebol de sonhos

 Mestre Cartola ficaria orgulhoso das homenagens que recebeu do Fluminense na semana em que completaria 115 anos. O uniforme nas cores verde e rosa, com seu nome estilizado, e o mosaico em 3D feito pela torcida estiveram à altura do gênio do samba, tal como o futebol eletrizante que o finalista da Libertadores jogou no segundo tempo.

Tudo isso bastaria para a contemplação de mais uma noite tricolor no Maracanã, com quase 40 mil torcedores. Mas os erros individuais nos gols sofridos no empate em 3 a 3 com o Corinthians, além de péssima atuação de Paulo César Zanovelli, árbitro da partida, deixaram os torcedores, ao fim do jogo, ressabiados e esperançosos ao mesmo tempo.

E se desta vez os erros capitais do juiz influenciaram decisivamente no resultado da partida, parece igualmente claro que as “entregadas” para Yuri Alberto (duas de Marcelo e uma de Germán Cano, embora esta não tenha inexplicavelmente resultado em gol — foi um lance tão claro quanto o de cabeça de Valencia, do Inter, pela Libertadores) determinaram o frenesi que todos assistimos no segundo tempo.

Foto: David Normando / Futura Press / Estadão Conteúdo

Evidencia-se, daí, o seguinte aspecto: o Fluminense entrou em campo preservando-se e disposto a jogar apenas em terceira marcha e, repentinamente, se viu obrigado a engatar a sétima para reparar os erros sucessivos do começo. Foi bonito de se ver, é verdade, porque similar um atropelamento feito por um rolo compressor, comandado por Marcelo, deslocado para o meio. O lateral esquerdo foi outro que pareceu excessivamente preocupado em compensar as duas bobeadas que resultaram nos dois primeiros gols do time de Mano Menezes, porque jogou demais, sobrou na partida, arriscando-se até.

Numa noite marcada por golaços — dois de fora da área de Lima, um de Jhon Arias, com passe genial de chaleira de Ganso, além do primeiro de Yuri Alberto, com um toque por baixo — e futebol exuberante, os argentinos, do lado de lá da fronteira, hão ter pensado que, se a Seleção Brasileira jogasse como o Fluminense, estaria liderando as Eliminatórias. Já os xeneizes colocaram a barba de molho e acenderam velas para que o seu adversário da final seja o do primeiro tempo, porque, se o do segundo entrar em campo, o caldo vai engrossar, e muito, na tarde do dia 4 de novembro.

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Foto principal: Mailson Santana/FFC

78 thoughts on “Dos lapsos ao futebol de sonhos

  1. O Gabriel Amaral fez um vídeo hoje em q fala q o Flu teve 22 expulsões nesse ano, sendo 15 por reclamações…15 (QUINZE) expulsões por reclamações. Que p*rra de psicólogo é esse?
    Acorda Pardal!
    Dá tempo de ficar só na seleção ainda…e que seja feliz por lá.
    E o Flu levou 12 gols nos últimos 5 jogos …mas esse cientista maluco acha q tá tudo lindo, florido e maravilhoso.
    O Boca não é o voltaço, p* rra.

    1. É impressionante como o time é antagônico nos dois tempos da partida.
      É uma constante bem preocupante, pois o Boca pode estar numa fase ruim, mas não é time de ficar desperdiçando falhas do adversário.
      Sobre as expulsões, imagina como o Boca vai conduzir a partida….
      ST

  2. Fico a imaginar o que se passa na cabeça de certos jornalistas que estão a noticiar uma suposta invasão de argentinos justamente no dia da decisão da Libertadores no Maracanã.

    Mas como a capacidade do estádio é de 75.000, esses profissionais falam no dobro de presentes na cidade do RJ.

    E pergunto o que isso tem a ver especificamente com a decisão em sí?

    Esse contigente de argentinos vão entrar em campo ou no próprio Maracanã?

    O que a torcida tricolor tem a se preocupar nessa decisão é o time do Fluminense entrar na decisão para jogar sério os 2 tempos e ainda não exercer o espírito das “carmelistas caridosas” (by Amaury) perante o Boca.

    Simples assim.

  3. Depois de um primeiro tempo desastroso tivemos um segundo primoroso, Marcelo de vilao quase virou heroi ao final da partida.
    Excelentes atuacoes de Marlon e Lima, o juiz nao nos deixou sairmos vitoriosos em campo, o cara nem se deu ao trabalho de recorrer ao var nos lances de penaltis demonstrando sua parcialidade.
    Um time que pretende ser campeao nao pode ser tao irregular como e o Flu.
    Ja passou da hora de efetivar Marcelo de meia e fazer o mesmo com Andre de zagueiro , barrar Ganso e Felipe Melo e efetivar Alexander ou Lima de volante, chega de inventar caraio ,chega de laboratorio .
    Dia 04 ta chegando , ja escala a formacao ideal para dar entrosamento ou vai deixar para o segundo tempo contra o Boca ?

  4. Numa empresa profissional, existem os funcionários, supervisores, chefias, diretores e o presidente.

    No Fluminense não deve ser muito diferente essa composição.

    Todos tem suas obrigações e compromissos para serem cumpridas dentro da organização.

    Para se evitar essas invencionices que o Diniz coloca no 1º tempo dos jogos do Fluminense, caberia ao presidente chamar o treinador em sua sala e cobrar sensatez e coerência no seu trabalho diante do que vemos exaustivamente acontecer em vários jogos.

    Exemplos é que não faltam.

    São gols que o time vem tomando em todos os jogos e o raio dessa brincadeira que fazem na defesa desse “toquinhos” como foi quase a entregada que o Cano fez diante do Corinthians.

    Ao que parece, o presidente chama o Diniz para falar só da vida e tomar um cafezinho em sua sala.

  5. Acho uma sacanagem colocarem gansono e Keno no mesmo patamá de mediocridade. O Keno corre pra krl, cria chances e só não fez gol pq Cássio fez um milagre (evidentemente esse gol está sendo guardado para o dia 04)…Gansoneca parece uma tartaruga idosa, só deu um ‘balão’ no jogo inteiro, que resultou no gol do Árias…o chute na chance de gol que teve foi ridículo.
    Tomara q seja dele o passe para o gol do título do Keno, mas até agora gansoninho é menos um e só não é barrado pq o professor Pardal é teimoso e não quer colocar o Marcelo delivery no meio.

  6. Sinceramente, acho que o brilhante segundo tempo feito pelo Flu foi resultado do cansaço do
    Curintia, cujos jogadores literalmente puseram um palmo de suas línguas para fora.
    Assim, quando o adversario passou a “marcar com os olhos” nós tomamos conta do jogo.
    Isso é taticamente válido, mas requer um ajuste nas linhas defensivas, que devem jogar mais sfechadas no 1° tempo e soltar o jogo depois .

    1. Não acredite na imprensa. Eles mentem por razões de $$$ para garantir audiência.
      A Globo …. a gente sabe como funciona.
      No primeiro tempo, no esquema Diniz, o Fluminense ficou trocando bolinhas dentro de nossa própria área, chamando nossos atacantes para serem alternativas de passe e os jogadores do Corinthians nos sufocaram, porque não tinham a quem marcar, sem qualquer temor de contra ataque.
      Eram vários corintianos nos tirando os espaços para a troca de bola do modelo já conhecido do “dinizismo”, onde é proibido dar chutão e o jogo se resumiu a pressão em cima de nós.
      Neste primeiro tempo horrendo, conseguimos tomar apenas três gols e o cansaço com esta agonia, teoricamente, foi igual para os dois lados.
      No segundo tempo, o “genial” Diniz fez uma única substituição tirando o Sr.Felipe para entrada do sensacional Arias; o jogador substituido, pregou, como sempre.
      A meu ver, o time se arrumou em campo, com Ganso, Lima e Arias atacando pela direita e Marcelo, Keno e Cano pela esquerda, predominantemente.
      Xavier, Marlon (muito bem ontem), André e Martinelli mesmo participando ofensivamente, cuidavam da defesa e dos contra ataques dos adversários.
      Gente jovem e cheios de pernas.
      Acho que o Diniz não teve nada a ver com essa mudança toda, ficou olhando sem encher o saco.
      Ficamos poderosos e massacramos o Corinthians, fizemos só dois gols porque o Cássio fez ótimas defesas e o juiz foi um fracasso.
      Eu acho o nosso time o melhor do Brasil (não sou Oba-Oba, pelo contrário, acho que erradamente, na maioria dos casos sou exigente demais) mas frequentemente fazemos exibições ridículas por causa do Diniz, que inventou, ou melhor, tentou copiar uma estratégia vitoriosa de treinadores europeus, mas faz tudo errado, concentrando o nosso jogo em um dos lados do campo quando ataca e sempre colocando nossa defesa em pânico quando nos defendemos na maluca saidinha “bizarra”.
      Me desculpe caro Amaury, mas é minha opinião
      Fluminense ontem teve méritos de sobra, e essa conversa que o Corinthians cansou é “papo furado”.

      1. Este espaço existe exatamente para isso, Goncere : troca de opiniões.
        Detalhe : nada a ver com a imprensa. Minha visão sobre o que ocorreu resulta ďe opinião própria.
        ST

  7. Empate com gosto de derrota.
    Marcelo é craque sim, não pode jogar na lateral, mas pode e deve ser criticado pelos seus erros e nenhum deles ontem se deu por conta de sua escalação na lateral.
    Primeiro erro em um lance de nosso ataque em que tentou um passe com efeito e segundo em uma bola dominada no meio de campo.
    Esses dois pontos perdidos podem colocar na conta dele.

  8. Nada importa haver o Boca “jogado feio” (Paolo Rossi jogou feio e eliminou o Brasil em 1982) e estar na final face sucessivos empates e vitórias por pênaltis. A realidade é que a final será em um só jogo. É isso, sem firulas ou maquiagem. E eles sabem que se chegarem às penalidades a chance de serem campeões é enorme, visto ser seu goleiro um excelente defensor desse tipo de cobrança. Então, cabe ao Fluminense tratar de vencer o jogo. Entender que maior posse de bola e número de passes nada valem se não se convertem em gol fato que só acontece quando se joga para a frente e se chuta à meta adversária. Enfim, que os jogadores (o interino da CBF é caso perdido) mantenham o equilíbrio emocional quanto às provocações e arbitragem para evitar expulsões, além de entender que a partida tem duas partes, ou seja, além do segundo tempo também o primeiro também deve ser jogado.

  9. Bom, hoje de cabeça fria para minhas opiniões.
    Diniz muito criticado e de forma exagerada, lógico que tem seus erros, mas não é isso tudo.
    O Corinthians teve quatro chances e fez três gols, em erros bisonhos de Marcelo, Cano e esse árbitro horroroso que deveria sair do Maracanã algemado.
    Desses erros, apenas o do Cano foi na saída de bola tão criticada pela maioria e olha que ele tinha espaço para dominar, pensar e tocar certo, preferiu tocar de primeira (como em seus gols) e o fez de forma infantil, para não dizer burra.
    Não achei que jogamos mal o primeiro tempo, tivemos erros individuais sim e fomos prejudicados pela arbitragem, no segundo tempo, foi jogo de ataque contra defesa.

  10. Os constantes toquinhos lá na defesa do Fluminense não tem dado resultado prático nenhum.

    Não só essa insistência do Diniz tem influenciado os resultados do Fluminense como a teimosia constante nas escalações dele fazendo o time jogar mal um tempo e no outro tendo que correr atrás do estrago feito.

    Os adversários do Fluminense já sabem como dificultar a vida do time em campo e dia 4 está chegando. Será que o Diniz sabe disso ou está em outro planeta procurando uma solução mágica para o time?

    1. Meu palpite é ‘em outro planeta’ Wash…e provavelmente foi de disco voador, pq a nossa tecnologia ainda não permite essas viagens. 😉

  11. Caros,

    Uma coisa que irrita: O Fluminense é talvez o único clube dos grandes que é roubado dentro de casa. E não adianta reclamar depois que o resultado já aconteceu, mas sim vetar os FDP com apito na boca e cameras de video no nariz ( o VAR Curintia de ontem ) que garantem resultados pros protegidos. Serve de lição para abrir o olho com a Conmebol, para não deixar repetirem 2008.

    Acho que o time provou com o segundo tempo de ontem que tem condições de sufocar e vencer o arrogante Boca. E vamos combinar que será uma sacanagem com o Fluminense e com o futebol, se um time que passa todas as fases de mata-mata nos penaltys vier a levantar uma taça.

    SDs T

  12. Convenhamos…em que pese a arbitragem desastrosa e tendenciosa do soprador de apito, o time do Fluminense é uma bagunça generalizada. Zagueiro na criação de jogadas, Marcelo entregando gols de maneira patética e depois tentando se redimir jogando na ‘criação’ (onde tem q permanecer), esquemas ‘suicidas’ com 4, 5 atacantes, ganso parecendo uma lesma se arrastando em campo, saidinhas medíocres q todos os times do Universo já perceberam, jogadores sendo expulsos o tempo todo, etc …
    O time parece aquele time de peladas em que os caras são bons pra kct e falam entre si ‘vamos parar de palhaçada e começar a jogar, ou então vamos perder…’
    Repito: só por milagre esse time será campeão. Vcs acham q o Boca não está estudando esse lixo de saidinha, titicaca e dinizismo? Acham q os caras vão perdoar se os jogadores do Flu entregarem gols como sempre fazem?
    Cano dando um passe perfeito pro Yuri Alberto foi uma das coisas mais bizarras da história do Maracanã.
    O Boca é favorito, embora os habitantes de Nárnia só enxerguem maravilhas…

  13. Apesar de um primeiro tempo catastrófico, o time deu as caras no segundo e poderia ter vencido. Juiz deveria ter saido de camburão do estádio, e quem comandou o VAR devia estar com a camisa do Curintia, não é possível.
    – Minha opinião o Marcelo da muito mais velocidade e verticalidade no meio de campo que o Ganso, que só toca de ladinho e pra trás (acertou um passe p Árias é verdade, mas muito pouco pelo que jogou).
    Eu escalaria: Fabio, SX, Nino, FM, Diogo Barbosa, André, Alexander, Marcelo, Keno, Cano e Árias,

  14. Sobre mais uma arbitragem que atua em jogos do Fluminense, podem pegar os árbitros que são “FIFA” e notem como são a condução das partidas que terminam com o resultado desfavorável ao tricolor como o Daronco, Paulo César Oliveira e etc.

    E ao que parece, a coisa vai continuar nessa toada com as bênçãos da CBF..

    Sobre o trabalho do Diniz é outro papo diante dos últimos resultados.

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