Atuação preocupante liga o alerta

Foi a pior atuação do Fluminense na temporada, difícil até de assistir. O pedido de desculpas de Eduardo Barros após o jogo é bem-vindo, mas não explica como o time pôde se comportar de maneira tão passiva no Morumbi. Não fosse uma cabeçada à queima-roupa de Thiago Santos, teria pegado a ponte aérea de volta sem finalizar ao gol do São Paulo.

O mapa de calor do jogo, que mede as zonas do campo predominantemente ocupadas pelo time, mostrou um Fluminense concentrado dentro da própria área, com saídas mais frequentes pelo lado direito, talvez pelo fato de Thiago Santos, que jogou improvisado na zaga, não estar devidamente entrosado para arriscar a saída por aproximação. O goleiro Fábio saiu de campo como o quarto jogador que mais deu passes na equipe, evidenciando o futebol de toque para trás e estéril que o time (não) jogou na capital paulista.

Nem mesmo os desfalques devem servir como muleta. O Flu já atuou sem alguns de seus principais atletas em outras jornadas e nem por isso se comportou de forma tão improdutiva. Nem na partida contra o Fortaleza, em que levou um vareio de bola, o time jogou futebol tão desavergonhado, porque também atacou no Castelão e conseguiu deixar duas bolas no fundo da rede do Leão.

Então o que há? O goleiro Fábio lembrou que o time veio de uma partida com carga dramática alta pela Libertadores e que enfrentou, em intervalo inferior a quatro dias, um time que vinha pressionado, com três derrotas nas últimas quatro partidas. Tudo, somado aos desfalques, teria desencadeado nesta atuação ruim, na visão do goleiro, de novo um dos principais atletas em campo.

Não me parece certo ainda que a partida não estivesse “para o Ganso”, como declarou o auxiliar de Fernando Diniz. O meio-campista teve seu rendimento comprometido nos últimos jogos porque vem sentindo dores no pé, chegando a desfalcar o time em partidas recentes, como no empate em 2 a 2 com o Goiás, na Serrinha. Contra o São Paulo, era jogo para ele, claro, mas, devido à dor, jogaria somente em caso de necessidade. E não entrou porque o gol de Luciano saiu só no fim, e a comissão talvez avaliasse como satisfatório o 0 a 0.

Já no confronto com o Internacional, no Maracanã, o Tricolor deverá ter de volta Nino, André e o próprio Ganso, mas jogará sem Jhon Arias, expulso após o apito final, depois que foi tomar satisfação com Pablo Maio, com quem já vinha se desentendendo nos minutos finais.

Que a inspiração ofensiva esteja de volta no próximo domingo e que o time apresente à torcida alternativas para além da saída por aproximação, que, inegavelmente, tem trazido mais calafrios e chateações do que soluções ao Fluminense.

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Foto: Marcelo Goncalves/FFC

186 thoughts on “Atuação preocupante liga o alerta

  1. Não deixem de ler o ótimo texto lançado pelo
    tricolor Mauro Balbino no novo Post “Diniz e o Caminho Do Meio ”
    Oferece farto material para reflexão sobre os bastidores da gestão do Fluminense.
    Ótimo !!!

  2. Alerta á moderação !

    Está fadado ao esvaziamento qualitativo e quantitativo o veículo de intercomunicação social que permite a intromissão de terceiro doentiamente obstinado a contrariar tudo o que é postado, debochando e insultando seus autores e opiniões, no único propósito de criar a discórdia e o dissabor ao participar do espaço.

    1. Elementar meu caro Luiz, considerando q para o Júnior nascer/crescer/existir é necessário ter um Sênior saudável Agora , vc mesmo pode responder a sua questiúncula.
      Né não?

      Fluminense é para os fortes!

  3. Atenção especial para o tempo do verbo!

    Vejam:
    “Jornalistas revelaram valor que a CBF “desembolsou”

    Segundo os jornalistas Igor Siqueira e Rodrigo Matos, ambos do portal UOL Esporte, a CBF desembolsou um valor entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões ao Fluminense para contar com o técnico Fernando Diniz. Esse montante é referente a uma parte da multa do contrato do treinador com a agremiação tricolor no caso de rescisão.

    Diniz renovou seu contrato com o Fluminense no final do ano passado — novo compromisso é válido por dois anos até o final de 2024. A multa é proporcional ao valor completo do acordo. Segundo dirigentes envolvidos, a CBF precisou desembolsar 50% do valor que Diniz ainda tem a receber pelo Flu.”

    Lamentavelmente, mais uma vez, a flumimimi/garimpeiros do caos pagando mico!
    Restando para ambos o de sempre: torcer contra o Fluminense e, ato contínuo, tentar atacar/perseguir os Verdadeiros Tricolores q não aceitam fazer parte da seita!

    Fluminense é para os fortes!! Kkkkkk

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