Flu poupa, mas não é poupado

Com a atenção voltada para o duelo contra o River Plate (ARG), na próxima terça, o Fluminense foi ao Castelão sem sete de seus titulares.

Se em condições normais de temperatura e pressão o desafio contra o forte e bem-treinado time do Fortaleza já seria difícil, com um time praticamente de reservas, então, ele se revelou um obstáculo do tamanho do Everest.

Com quase uma dezena de defesas com grau de dificuldade elevado, Fábio saiu de campo, seguramente, como o maior nome da partida.

Pelo volume de jogo do time cearense, uma derrota por apenas dois gols de diferença (4 a 2) saiu muito barato para o ex-líder do campeonato.

Foi a pior partida do Fluminense sob comando de Fernando Diniz, pelo número excessivo de passes errados, pela marcação morosa e espaçada, e, sobretudo, pela baixíssima concentração do time, facilmente envolvido.

Entre os jogadores de linha, só John Kennedy se salvou. Marcou um golaço no segundo tempo, ao vencer a marcação com um giro, antes de finalizar de bico, no canto de Fernando Miguel. A joia de Xerém mandou ainda um tirambaço na trave antes do contra-ataque que originou o segundo gol do Fortaleza, marcado por Moisés. Um pecado!

Na frente, o ataque formado por Pirani, Lelê e Alan não deu liga em momento algum, ainda que este último tenha descontado antes do intervalo.

O Fluminense perdeu a invencibilidade de sete partidas (todas com vitória) sofrendo dois gols no primeiro tempo por falhas justamente dos poucos titulares escalados. Foram os casos de Nino, facilmente batido na disputa ombro a ombro, e André, que perdeu displicentemente a bola quando estava cercado por três e era o último jogador.

Na etapa final, com as entradas de Arias e Ganso, o time até iniciou melhor, mas se tornou completamente vulnerável depois que sofreu o terceiro gol, e Diniz tirou Guga e Manoel para as entradas de Keno e Cano.

Com amplo domínio do meio de campo, o Fortaleza, do excelente técnico Juan Pablo Vojvoda, se beneficiava dos muitos erros do irreconhecível time de Diniz, completamente alheio às suas características, para recuperar bolas como quem rouba doce de criança, e ameaçar permanentemente o gol de Fábio, um herói tricolor.

Apesar do fim da invencibilidade, há de ter sido uma jornada proveitosa para os tricolores, porque muitas foram as lições a serem tiradas — a começar pela estratégia de largada, que se revelou visivelmente equivocada.

O time volta as baterias para uma semana pesada, contra adversários encardidos (River e Vasco), mas com casa cheia, e majoritariamente a seu favor.

De novo com força máxima (apenas Marcelo é dúvida), é ligar o modo turbo, jogar o que sabe e pintar o Maraca com as cores da alegria.

Sabidamente, tricolores.

***

Foto: Maílson Santana/FFC

59 thoughts on “Flu poupa, mas não é poupado

  1. Algumas coisas são tão cruéis, desumanas e covardes, que nem o tempo faz esquecer.
    Nem mesmo abrandar.
    Abusar de uma menina de 13 anos é uma delas.
    Tenho pena de quem esteja condenado a carregar tamanha cruz.
    Assim como da menina, vítima de tal monstruosidade.
    Inimaginável, o peso de tamanha cruz.

  2. Como não assisti, ao jogo imaginei que os gols foram criados em cima dos nossos reservas. Mas, não !!!
    Nino tentou sem sucesso acompanhar a corrida do atacante deles ( esse com a bola) e o André achou que era o Rivelino e tentou sair driblando, quando teve a bola roubada e … novamente fomos engolidos na corrida pelas lebres deles.

    Se o técnico do River for minimamente esperto, observador, terá notado que é mole bater na corrida o Nino, FMelo, André e outros.
    Jogar encolhido, dar chutes à frente, tocar barata voa na corrida e pronto !
    Esta é a fórmula para derrotar o Flu.

  3. Notícia pelo jornalista Alexandre Lozetti:
    “Na visão da comissão técnica, o jogo contra o Fortaleza desgastaria muito o time, com intensidade e velocidade muito altas. Já a partida contra o Paysandu, quando os titulares atuaram, poderia ser levada de forma tranquila, como um treino de luxo, e manteria o ritmo de jogo da equipe para jogar novamente uma semana depois.”
    Acho o argumento válido e coerente.

  4. Vamos ver amanha apos o jogo contra o River se a opçao de Diniz em poupar o time foi certa ou nao. Como o atento tricolor de Saquarema citou la embaixo jogar contra um time veloz e de qualidade como e o Fortaleza com tres atacantes , com muitos reservas e com o mesmo esquema de jogo foi um risco que o tecnico assumiu e por pouco nao levamos uma sonora goleada.
    Acho precipitado iniciar a ” caça as bruxas ” pois o cara ainda tem muito credito.
    Alguem percebeu um fundamento primordial e decisivo que o Fortaleza tem de sobra e que nos falta muito que e chutar a gol com eficiencia ?
    Amanha e decisao, tirem o traseiro gordo da poltrona e todos ao maraca !

  5. Caramba!
    Não tô acreditando…51 posts- tudo bem que o choro é livre…

    assim:

    “Diz um refrão popular que ‘os olhos são o espelho da alma’. Isso quer dizer que nossas qualidades anímicas expressam-se ou dão-se a conhecer pela simplicidade ou má índole com que olhamos e consideramos os outros, as coisas e os acontecimentos.

    Pessoas há que só têm olhos para enxergar o lado mau de tudo.

    Desconfiadas, vivem com medo de serem ludibriadas em seus afetos ou prejudicadas em seus interesses; maliciosas, não confiam em ninguém e estão sempre a fazer mau juízo do próximo; pessimistas, encaram os fatos da existência invariavelmente pelos seus aspectos menos felizes, e, quando solicitadas a opinar sobre a conveniência de qualquer realização, só sabem desencorajar, desmerecer, demolir.

    Vendo unicamente o mal onde quer que pousem suas vistas, esperando constantemente o pior de qualquer evento, essas pessoas mantêm-se em sintonia com o astral inferior, envolvem-se em trevas cada vez mais densas, caem num estado de alma mórbido e desgraçado, acabando, geralmente, em deplorável ruína.

    Tornam-se, assim, vítimas daquilo que admitem, criam e nutrem persistentemente em si mesmas.”

    Sugestão: aproveitar o feriado, bebericar umas ampolas de cervas bem geladas.

    Fluminense é para os fortes!!

  6. Poupar jogador teria sido substituir no segundo tempo quem estivesse pregado.
    O Diniz esquartejou o time e, no final, quando quis juntar os pedaços do cadáver, não dava mais tempo.
    Colocar o Manuel foi uma temeridade, completamente fora de forma, uma tartaruga em campo; o Guga, foi burrice (o cara é muito ruim); o Pirani foi teimosia, pois já mostrou que é muito oscilante.
    Diniz tem de dar uns tapas em alguns jogadores que prendem muito a bola, não passam pro companheiro melhor colocado e não chutam. Esse bando de punheteiros precisa ser chicoteado para jogar direito.
    Espero que os jogadores tenham levado um susto com o banho de bola e corram atrás dela na terça-feira como se fosse um prato de comida.
    Recuperar-se no Brasileiro é fácil, mas na Libertadores é muito difícil. Precisamos dos 3 pontos contra o River de qualquer jeito.
    Mãos à obra Fluzão

    1. Esquartejou o time, como bem v diz, e tentou “tirar o dele da reta” acusando os jogadores de culpados pelo vexame.
      Isso não é honesto.

  7. Depois do jogo do Fluminense contra o River no maraca, os próximos 2 jogos da rodada na Liberta vão ser osso.

    O Fluminense vai encarar o Strongest lá nas alturas e depois o River no Monumental, casa deles.

    Antes desses jogos lá fora pela Liberta, o Fluminense vai iniciar a busca da recuperação no brasileiro contra o vasquim. Aí recupera a confiança do time após vencer o clássico.

    Mas voltando a Libertadores lá na Bolívia, o Diniz deverá entrar com meio time de reservas e titulares nesse jogo e não duvido que esse seja o planejamento tentando arrancar um empate.

    Contra o River lá, na lógica vai com o time titular para buscar a vitória no Monumental.

    Que a derrota sofrida contra o Fortaleza tenha dado suas lições a comissão técnica e aos jogadores do Fluminense para os próximos compromissos que vão ter pela frente, simples assim.

  8. Alan não dá….
    JK se deixar de ser fominha pode ajudar mais
    Guga muito mal
    Tomara que Lelê não tenha sido um raio que caiu e se apagou, neste jogo foi mal demais
    Tem que parar este oba- oba, pois TODA vez que pega um time marcando forte e com velocidade passamos sufoco.

    Derrota mais do que merecida, e como todos mencionaram, graças ao Fabio o desastre não foi pior.

    Impressionante como o Árias é fundamental neste time, 90% das jogadas de ataque saem dos pés dele.

    Agora é apagar este jogo da memória e focar no River.

    ST

    1. O JK, como escrevi antes é muito imaturo ainda. Ele tem o perfil do Cano no que diz respeito ao modo finalizador ligado e isto ele faz muito bem, deste jogo vide a pancada na trave e o gol propriamente dito. Mas ainda é o jogador que não olha muito para o lado e tenta passar por dois ou três. Se ele se aperfeiçoar e conseguir ser este jogador que passa por 3 jogadores e arremata, vai ser craque, goleador nato. Mas enquanto isto, o “um contra um” é aceitável e aconselhável e diante de 3 ele tem que buscar alternativas mais plausíveis. O Fluminense já está perdendo bastante tempo sem ir atrás de um novo Árias, nas mesmas condições que ele veio: um cara capaz de de fazer o básico e o difícil com muitíssima qualidade , barato, desconhecido e vindo de qualquer lugar da América do Sul, com controle psicológico bom e ainda em busca de projeção.
      O Fluminense do Diniz carece de jogadores que tenham perfeição de passes, ainda mais com a roda de bobo que gosta de fazer dentro da área. É bonito quando se safa mas bastaria apenas um passe errado perto do próprio gol em uma final de Libertadores para decretar placar final.

      1. Acredito que o JK tem tudo para ser um excelente goleador! A aparentemente volta por cima dos seus problemas extracampo e, se não me falhe a memória, com apenas 18 anos e fazer os golaços que vem fazendo – a exemplo daquela batida de primeira do cruzamento enviesado do Lelê, a troca de pé no arremate do seu penúltimo gol e a pintura que foi o segundo gol do Fluminense contra o Fortaleza, mostra que o garoto é diferenciado, que deu caldo quando joga com os melhores do Tricolor e, por isto, merece muita atenção e não as pesadas críticas dos torcedores. Agora, encontrar um outro J. Árias de bobs na América do Sul, eu penso ser mais difícil do que fazer do John Kennedy um futuro Cano para o futebol do Fluminense… Só acho!

  9. Diniz como psicólogo coloca o psicológico do time pra baixo.
    Foi somente uma derrota, mas que revela muita coisa. Num momento de ascenso , vem uma jornada de frustração, não porque o Flu perdeu o jogo, mas pelo fato do treinador demonstrar novamente que prefere morrer (perder disputas importantes) insistindo em escolhas questionáveis.
    Quem consegue esquecer da escalação de Wellington na semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians?
    Esse jogo era importante, pois o Fortaleza não vai brigar pelo G4, nós sim. Esse jogo era importante por que o adversário seguinte é um multi campeão argentino, numa competição dificílima pra quem nunca a ganhou.
    Não é o fim do mundo perder, mas é estranho o técnico não chamar a responsabilidade pela derrota pra ele, uma vez que ficou claro: as decisões tomadas por ele representam 60% dessa derrota.
    Classifico a postura dele como narcisista, ficou admirando a próprio trabalho como Narciso olhava para a própria imagem até se dar mal.
    Menos Diniz, menos. Estava preocupado com o relaxamento do time, falta de concentração porém se lambuzou na soberba, e acabou sendo um pouco prepotente ao não enxergar as limitações do banco de reservas do FLUZÃO.
    Seu trabalho continua sendo excelente, mas se esquece fácil das coisas: o pênalti perdido pelo Calegari levou o time pra uma sequência de três jogos ruins. Portanto não era hora de colocar o moral da equipe pra baixo, principalmente por que teremos 2 jogos difíceis na sequência.
    Pra terça feira meu palpite é 1 x 0 . Jogo duríssimo.
    Pirani tá sendo a bola fora dele nas substituições. O professor continua acreditando nele , tem todo o direito, mas já começa a brigar com o óbvio.
    Fora isso tudo, vamos a luta pela classificação pras oitavas da Libertadores.
    Vamos pra cima FLUZÃO, quero gritar campeão!

  10. Oppa, obaaa!
    Todo time tem que tomar uma porradinha de vez em quando para que ninguém ache que haja algum que não perca nem empate.
    Não sei qual a ordem que Diniz deu ao time que voltou para o segundo tempo. Jogadores trocando passes, quase todo juntos, ataque, meio-campo e defesa, diante de uma defesa inimiga fechada, ia esperar o quê? Manoel querendo entrar na área com bola dominada?
    É claro que toda bola que fosse tocada para fora dali podia ser apanhada por alguns deles sem ninguém pela frente.
    Pensando bem, podia não ter levado nenhum titular. Ou fazer como Guilherme disse.
    (30/04/23) 19,00hs.
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  11. Para quem diz que o trabalho do Diniz não é confiável…

    Treinador mudou a mentalidade do time verde, branco e grená

    Por Redação – 30 de abril de 2023 17:31
    Dia 30 de abril de 2022. Há exatamente um ano, o Fluminense anunciava o retorno de Fernando Diniz. De lá para cá, o técnico fortaleceu os laços de afeto com a torcida a partir de um trabalho sólido, que tem trazido, além de atuações exuberantes, resultados importantes.

    Desde que reassumiu o Tricolor, Diniz soma
    66 jogos, com 42 vitórias, dez empates e
    14 derrotas, totalizando um aproveitamento de 68,7%. O estilo único e inconfundível, de posse de bola, troca de passes, solidariedade, muita dedicação em campo e coragem para jogar, renderam ao Fluminense 133 gols nesta segunda passagem do treinador pelo clube, com média de 2.02 por partida.

    Outros números despertam a atenção. Além de ter sofrido apenas 61 gols (0.92 por jogo), o Fluminense de Diniz passou 29 jogos sem ser vazado (44% das partidas), teve 149 grandes chances (2.26 por jogo) e somente 92 grandes chances cedidas (1.39 por jogo). O time ainda teve médias de 11.6 finalizações por jogo e 61.7% posse de bola, segundo estatísticas do SofaScore.

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