América à vista

O Fluminense colocou um pé na Libertadores porque tem, a despeito de sua reconhecida limitação, um grupo coeso, comprometido, com talentos da base mesclados a jogadores consagrados, como Nenê, e um ídolo do clube que não deixa os novos esquecerem, nem por um minuto, da história e grandeza da uma instituição tetracampeã do País, cuja Seleção, recordista de títulos mundiais, teve as Laranjeiras como seu berço.

Ao vencer o Goiás por 3 a 0 no Engenhão jogando um futebol de encher os olhos, o time rompeu com a sina de vencer sem convencer. Dessa vez, Nino (não pode ser reserva de Ferraz), Luccas Claro (pilar da equipe), Martinelli (marcou seus dois primeiros gols como profissional), Nenê (igualou Pelé no gol que tentou e não fez) e companhia jogaram o fino, contra uma equipe desesperada, sim, mas que vinha de uma vitória notável sobre o Santos, na Vila, virando para 4 a 3 uma partida em que terminaram o primeiro tempo perdendo por 2 a 0.

No Engenhão, o movimento do placar foi parecido, só que o Tricolor, implacável até no volume de jogo, impediu o Goiás de se articular e criar qualquer oportunidade de gol. O atacante Fernandão, ainda no intervalo, era o retrato do desânimo do time esmeraldino, que parecia sem forças para outra reação surpreendente.

O 3 a 0 coroou o mês como o de melhor aproveitamento do Fluminense neste Brasileiro. Da virada no Fla-Flu até a categórica vitória sobre o Goiás, o time venceu quatro dos seis jogos que fez em 2021, e só perdeu um.

Com o Palmeiras campeão da Libertadores, a vaga para a competição ficou escancarada. A cinco rodadas do fim, se vencer o Bahia, quarta, em Salvador, o Tricolor, que abriu oito pontos de frente para o primeiro adversário fora da zona, colocará um pé e meio na copa internacional.

Com seriedade e profissionalismo, o Flu faz bonito e vira exemplo até para a sua própria torcida.

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104 thoughts on “América à vista

  1. Quem quiser conhecer um pouco mais dos bastidores do que se passa no laranjal, dá uma olhada no bate papo do Jorand com o tricolor Pedro Antonio lá no YouTube e lá ele conta casos e mais casos sobre o CT, dívidas, etc.

    1. Exatamente, Was Luiz, assisti atentamente a live. O nosso Pedro Antônio, como sempre, muito ético.
      Mostrou quanto a politicagem que faz a ‘torcidinha’ prejudica o Fluminense!
      A torcidinha, faz com que o Fluminense perca oportunidades… terrenos na Barra, perdemos duas vezes!
      Quando estava comandando obras no CT, dormindo 3 h botando dinheiro, a torcidinha estava nas redes sociais dizendo: queremos jogador, não tijolo!
      Que tipo de gente é essa?
      Isto posto, repito: precisamos conhecer mais as coisas do futebol/Fluminense.
      Em tempo: o Jorand é mais um gigolô sugando o Fluminense.
      Para faturar alguns likes, lincha o clube diariamente.

      1. Sinceramente não registrei este movimento de contestação ao Pedro Antonio e à construção do CT, naquela época, Mundim.
        Ao contrário, ele foi alavancado à condição de ídolo pelos que v chama de ‘torcidinha’.
        Inclusive foi covardemente sacaneado
        e excluído da gestão por estes pulhas da ‘ flubeocios’ que você tanto defende. .
        Sou fã dele e acho q ele não deveria expor sua imagem participando destes sub-blogs caca-niqueis.

    2. Pô, brincadeira.
      O cara deixa o convidado (Pedro Antonio) falando sozinho, quando respondia a uma pergunta feita por ele (Jorand), o Pedro chega ao fim da resposta, faz-se um vazio e então entra o outro convidado explicando que o Jorand tinha ” dado uma saidinha ” e que já voltava.
      Se estava com disenteria, que desmarcasse a entrevista.
      Parei ali mesmo.
      Brincadeira !

    1. Esse Deco seria o que jogou no Flu?
      Vai ver o jogador poderia sair com contrato acabado, mas o empresário preferiu mantê-lo no Flu, e pode ter feito um gesto amigável para com o clube.
      (03/o2/21)
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  2. Os clubes tomaram uma sinuca de bico com esta maledita lei que limita a 3 anos o prazo de vigência do contrato com um jovem jogador. Daí os casos de M Paulo e outros.
    Creio q há uma forma de contornar este absurdo.
    Bastaria que fizessem um contrato de 3 anos porém automaticamente renovável quando vencido seu primeiro ano e assim sucessivamente.
    Seria um contrato tipo ‘roll-on’.

    1. Desta forma quando o jogador denunciasse o contrato e negasse sua continuidade o clube ainda teria os dois anos que restariam para, assim, buscar uma saida para a situação, e não apenas seis meses, como acontece hoje.

        1. Mas esta situação é incontornável.
          Existe a figura do respeito à vontade das duas partes.
          No caso atual, do Marcos Paulo, a vontade do Fluminense não foi respeitada, que era vender o jogador e obter um dinheirinho.

    2. Mas, aí, Amaury, haveria um “probleminha”.

      Para fazer essas renovações automáticas, como o clube poderia agir unilateralmente?
      Hoje , com essa mina que advogados expertos descobriram de pajear jogadores, eles têm que dar aval em tudo sobre a vida do seu pupilo.
      (03/02/21)
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      1. ” …. como o clube poderia agir unilateralmente? ”
        Se o Contrato-mãe prevê a renovação automática e foi (o Contrato-mãe) assinado por ambas as partes isso não poderia ser considerado ação unilateral, PCA.
        E o jogador teria todo o direito de denunciar a renovação, na ocasião. Apenas que, nesta hipótese, a rejeição dar-se-ia com DOIS anos de antecedência, como citado anteriormente, e não em apenas seis meses, como é o caso atual.
        Isso é o que passa pela minha cabeça, sujeito a chuvas e trovoadas.
        Nota : ” chuvas e trovoadas ” na ideia, e não em minha cabeça.
        Haha !!!

        1. Mas, Amaury, se o clube e representantes do atleta fizerem um contrato desse ele já nasce morto, porque vai contra a Lei que prevê isso de três anos nessa situação. Aí, ficaria caracterizado como ato nulo.
          (03/02/21)
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    3. Não esqueça que antes de tudo, o contrato é um acordo de vontades!
      Acho que o clube deveria oferecer na origem um ‘plano de carreira’ com metas.
      Precisamos conhecer as coisas do futebol com mais profundidade.
      Ontem assisti uma live com o nosso Pedro Antônio, falou de vários temas, inclusive, os efeitos deletérios da Lei Pelé.
      Quando perguntado o q fazer para evitar casos como o de Marcos Paulo, por coincidência, disse: fazer um plano de carreira. E, com isso, evitar a figura do tiozinho!
      Muito interessante o papel do tiozinho.
      Muito oportuna e esclarecedora a participação do nosso P.A.
      Estou recomendando.

  3. “Volantes lateralizados”.
    Vejam se isso é possível.
    Desde a época de vovó mocinha – até nas peladas de rua – os laterais apoiavam e os volantes lhes davam cobertura, quando perdida a bola. Aí, o lateral já voltava por dentro, recompondo a defesa e ocupando o lugar deixado pelo volante que lhe dera cobertura.

    Aí, vêm os ‘fessores’ e encaixotam OS MEIAS nas laterais para que deem cobertura ao lateral que saiu no apoio. E com isso destroçaram com qualquer possibilidade de apoio e criação por parte dos meias.
    Acabaram com o apoio dado aos atacantes pelos dois meias.

    Claro que estão vendo que não deu certo.
    Então, …. como fazer para ter uma ‘saida honrosa’ para o imbróglio, voltando ao sistema anterior ?

    Simples : vamos criar um neologismo que assim ninguém vai perceber que estamos voltando ao sistema da época de vovó mocinha.

    E assim criaram a expressão ” lateralizar os volantes “, que não é nada menos do que voltar ao passado em que os volantes davam cobertura – nos flancos – para as subidas dos laterais.
    Me engana que eu gosto !!!

  4. Falando sobre a saída de Marcos Paulo.

    Eu não vi este rapaz fazer nada de excepcional pelo Flu na maioria dos jogos que ele participou.
    Só apareceu pela primeira num jogo em que fez dois gols e deu passe para outro, cujo adversário me foge da memória agora. Então, ele terá que jogar dez vezes mais lá onde for se quiser ser titular e deslanchar com seu futebol. Acho que o Marcos Júnior teve participação melhor que ele no Flu. .

    Se fizer exatamente como fez no Flu, ele terá poucas chances de ficar por lá, pois a concorrência é feroz, e há um punhado de garotos bons de bola em vários países hoje que empresários vão mostrando com insistência feroz, e o moleque que quiser emplacar lá terá que ser muito bem prendado na arte do futebol.

    Eu nunca fui dessa galera que fica rogando pragas a jogadores que saem do fluminense por interesse de outros clubes, e continuo tentado me fazer entender que o que segura jogador jovem ou veterano num clube é a capacidade desse clube de cobrir propostas dos outros.

    Está aí na mídia uma notícia que diz que o PSG já assinou outro contrato com Neymar até 2026, e deu-lhe mais do que os concorrentes ofereceram logicamente. Se o Flu tivesse oferecido o dobro disso ao Neymar quem sabe o que ele faria?

    Mas se os clubes brasileiros fossem bem irmanados ele poderiam encrencar com essa cláusula de lei que obriga os clubes a fixar a multa para o caso de saída de jogadores sob contrato no clube. Eles teriam que fazer isso no momento da venda vendo as condições que o jogador estiver nesse momento. E acabar esse direito de jogador assinar um contrato com outro clube antes de terminar o seu onde está. Fazer uma guerrinha aí.
    (02/01/21)

  5. No campo da política, o novo presidente do Senado é o criador da lei do clube – empresa.

    Em BSB já está sendo falado sobre a volta do tema para tramitação e brevemente deve ser aprovado para interesse de alguns clubes brasileiros que se interessam nessa modalidade onde possíveis investidores possam ter suas garantias.

    Olhando especificamente para a situação do Fluminense, fica a pergunta se a gestão e o conselho atual estarão de que lado nessa questão se a lei for aprovada e se mostrar viável para os clubes que querem se reorganizar ou preferem que Palmeiras, Flamengo etc continuem dando as cartas no futebol brasileiro?

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