Quinze pontos conquistados em 30 disputados.
Cinquenta por cento cravados de aproveitamento.
Algumas bobeadas, como os recorrentes gols sofridos nos acréscimos, indicam que o Fluminense poderia estar um pouco mais acima.
Mas a trajetória regular até aqui é compatível com a expectativa de antes do início do Brasileiro.
“Não é time para ser campeão, mas também não sofreremos na parte de baixo”, ouvia-se entre os torcedores.
O empate em 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbi, mostra que a garotada tricolor é atrevida em qualquer canto.
Para eles, jogar como visitante, teoricamente sem a obrigação de propor o jogo, muitas vezes parece ser até mais convidativo, em face do estilo agressivo do Flu.
Sobretudo no contragolpe, ocasião em que costuma ser fatal.
Desta vez, porém, o “ser fatal” bateu na trave.
Ou melhor, nos pés de Renan Ribeiro.
Dourado perdeu de frente para o goleiro são-paulino naquela que é uma de suas especialidades – e cabeçada.
E olhe que estava só, livre, quando Richarlison lhe cruzou à feição.
Teve outra chance – pegou de bete-pronto – em momento de blitz tricolor.
Mas Renan, impossível, pegou três, quatro vezes em série.
Era mesmo dia dele.
Mas era também o dia de Wendel, como já o havia sido no Fla-Flu de sete dias atrás.
O volante acertou um petardo de mais de cem quilômetros por hora que, desta vez, nem o incrível Renan Ribeiro foi capaz de pegar.
Humilde, Wendel, o “cara” da partida, colocou o golaço na conta da sorte.
Mas sorte mesmo teve o São Paulo, que só fez o seu gol porque Henrique cometeu uma falha tão primária quanto a do goleiro do Avaí, no meio de semana.
Do contrário, o Fluminense teria melhorado ainda mais o seu já positivo retrospecto como visitante.
Que inclui triunfos sobre o Atlético-MG e o time catarinense.
Sua única derrota jogando fora em quatro ocasiões se deu contra o Palmeiras.
E ainda assim porque Marco Júnior perdeu diante de Prass um gol tão imperdível quanto Dourado à frente de Renan.
E tão inexplicável quanto a insistência com Marquinho – mera retórica já.
Também não entendi a opção por Léo na esquerda num momento de ascensão do menino Mascarenhas.
Wellington Silva, por sua vez, mostrou ritmo de jogo tão “apurado” quanto o de Conca, no Fla.
Precipitou-se Abel ao colocá-lo, como o próprio reconheceu.
Chave virada, as atenções estão voltadas de novo para a Sul-Americana.
O Flu recebe quinta no Maracanã a equatoriana Universidad Católica, equipe que, Orejuela já adiantou, tem qualidade e promete dar trabalho ao Flu.
Qualquer vantagem, por isso, deve ser comemorada.
Principalmente se construída sem sofrer gols.
Jogo para a galera chegar junto!
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