“O gol que o Pelé tentou e não fez” já foi marcado por muitos.
Uns mais, outros menos bonitos.
Mas poucos com a plasticidade, precisão e beleza do golaço (aço) de Gustavo Scarpa.
O Rei assinaria.
Roger Flores havia sido o último jogador tricolor a ter balançado a rede de tão longa distância.
Foi no Torneio Rio-São Paulo de 2002, na derrota por 4 a 3 para o São Paulo, no Morumbi.
Desta vez, contra o novato Globo-RN, a partida era válida pela Copa do Brasil.
E como havia acontecido na Primeira Liga e no Campeonato Estadual, o Flu estreou com o pé direito.
No intervalo inferior a um mês, o time se lança em três frentes e, em todas, vai bem, obrigado.
Enfrenta o Volta Redonda, sábado, já garantido em primeiro (Abel, a exemplo do que havia feito contra o Inter, poupará os titulares), joga por um empate contra o Brasil-RS para avançar na Liga e já está na segunda fase da Copa do Brasil, quando enfrentará o vencedor de Sinop (MT) x Salgueiro (PE).
Um começo de ano acima da expectativa que vem animando o torcedor.
Contra o time potiguar, o lateral Lucas (melhor em campo), Henrique Dourado, duas vezes (ganha confiança a cada rodada), Wellington (arrebentou no primeiro tempo, ao cair pela direita) e Gustavo Scarpa (antológico) levantaram a massa tricolor em todo o Brasil.
E ainda teve pênalti desperdiçado por Sornoza, peça fundamental do time, o companheiro que Scarpa pediu a Deus.
Em que pese ter sido o segundo tiro livre desperdiçado em três dias, não fez falta.
Ainda bem!
O Flu fez o que dele se esperava e avançou com tranquilidade num 15 de fevereiro que ficará para sempre marcado na história do clube.
Não pela classificação, mas pela obra-prima de Scarpa.
Surpreendam-nos mais!
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“Você conhece o coração de um homem já na forma como ele trata os animais.” [Immanuel Kant]
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