Na rodada maluca por causa das eleições municipais, o embalado Fluminense enlouqueceu a sua torcida ao vencer pela primeira vez três jogos seguidos no Brasileiro.
Categórica como a cavadinha de Gustavo Scarpa no terceiro gol, a vitória por 3 a 1 contra o Sport a fez sentir pela primeira vez o gosto de estar na zona de classificação à Libertadores.
Foi por pouco tempo, é verdade, já que, à tarde, o Santos recuperou o quarto lugar ao vencer o Atlético-PR por 2 a 0 na Vila Belmiro, palco do confronto direto com o próprio Fluminense.
Que neste segundo turno, em franca ascensão, vem fazendo acontecer. Com seis vitórias em nove jogos, tem aproveitamento de 66,6%, o mesmo do líder Palmeiras em todo o Brasileiro.
Aproveitamento bem superior ao que obteve no turno, 49,1%, o que fez dele o time com apenas a oitava melhor campanha.
Os números crescem ainda mais quando os jogos são realizados em Edson Passos. Lá, onde só não venceu a Chapecoense, o índice é de 83,3%.
O Fluminense vive o seu melhor momento da temporada. A dez rodadas do fim, cresce na hora certa.
O time ganha, enfim, regularidade, já transmite confiança.
Há sete meses no clube, o técnico Levir Culpi conseguiu fazer de um elenco tímido, ralo e enxuto um time competitivo.
Se antes uma vitória contra o Peixe em Santos parecia improvável, agora a torcida tricolor já não duvida.
Ela crê.
Neste sábado, contra o Sport, a chama da esperança não se apagou nem depois do mau primeiro tempo, do qual o Flu saiu derrotado por 1 a 0, numa bobeada de Gum.
Depois, Cícero, Gustavo Scarpa e Wellington subiram de produção, Richarlison substituiu Douglas, e o Flu passou a jogar no 4-3-3.
Deu tudo certo. O Fluminense ganhou o meio e os gols de Marcos Júnior e Richarlison pareceram mera consequência de seu domínio.
Não que o Sport também não tivesse ameaçado. Chegou com perigo. Mas o ótimo Júlio César mais uma vez justificou por que não deve mais sair do time. Decisivo, pegou duas à queima-roupa – e quando o time perdia por 1 a 0.
Levir, com Marquinho, refez o 4-4-2, mantendo Pierre como seu cão de guarda.
No fim, o gol de placa de Scarpa deu números finais ao jogo e manteve o fôlego do time em alta no Brasileiro.
Como a confiança de Gustavo, dita pelo próprio.
Este Flu acalenta a nossa alma e ganha nova direção.
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