Médico e monstro

Foi uma pena. Depois da atuação empolgante contra o Atlético-MG, o Fluminense refugou e, sorumbático na etapa final, conheceu sua primeira derrota em Edson Passos, desprezando a oportunidade de ficar na porta do G4.

A Chapecoense é, tradicionalmente, um adversário encardido. Em sete partidas, jamais foi batida pelo Flu. É também a equipe que menos perdeu neste Brasileiro, depois do líder, Palmeiras (apenas seis vezes).

Mas nesta Levir errou. E com uma mexida. Foi o bastante para desorganizar o que estava montado e fazer o time meter os pés pelas mãos.

Tirou Magno Alves, que precisou de três boas atuações para ganhar a vaga, que, sabe-se lá, pode ter perdido em apenas 45 minutos.

Era Marco Júnior o jogador maduro para sair. Errando tudo o que tentava, vivia a sua noite infeliz.

O técnico do Flu pôs Maranhão, deixando o time sem referência no ataque.

Como Levir havia colocado o menino Ayrton (lento, também muito mal) no lugar de Willian Matheus, teve que queimar ainda no começo do segundo tempo sua última possibilidade de alteração para tentar reparar o equívoco cometido no intervalo.

Recolocou um centroavante – o contestado Henrique Dourado – e sacou o meia Marquinho.

A bagunça tática se instalou e o time realizou, em antagonismo ao que aconteceu na segunda-feira, seu pior segundo tempo.

Houve méritos do lado de lá, certamente.

E as soluções vieram do banco.

Cleber Santana e Lourency tornaram mais perigosa a Chapecoense, que passou a ganhar o meio e chegar com frequência ao ataque.

Assim, os gols de Denner Assunção e Lourency – este já no fim, aos 44 – se apresentaram como mera consequência da melhora.

flu-1-x-2-chapeO Fluminense termina a rodada na mesma posição em que estava – sétimo.

Mudança mesmo só na diferença para o quarto colocado, que aumentou de três para cinco.

Com o fim da sequência de jogos no Rio, o Tricolor vai ter que remar em outras águas, contra os difíceis Grêmio e Corinthians.

Irregular toda a vida, não será surpresa se voltar vitorioso nos confrontos.

Médico na segunda e monstro na quinta, a alternância de personagens confunde e deixa a torcida sem saber.

Que Fluminense, afinal, estará em campo domingo na Arena Sul?

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