O resgate

O Fluminense versão 2017 tem feito um bem danado a seu torcedor.

Vem resgatando o interesse dos tricolores em seu time.

O prazer em vê-lo jogar.

Eis o maior acerto, disparadamente, da equipe de Abel.

Fato que sobrepõe qualquer invencibilidade e vitórias elásticas num campeonato tecnicamente discutível.

O torcedor tricolor quer crer que tem um time confiável, quer se empolgar.

Mas ele, o torcedor, pode.

Quem não pode cair nesta cilada são os jogadores.

E Abel, macaco velho, está aí exatamente para isso.

Conter a euforia dos jovens jogadores.

Com ele, quem rebolar sai.

Na dança, só quem pode estar são os adversários.

O Bangu foi além: preferiu ficar na roda.

A ponto de não conseguir pegar na bola nos primeiros cinco minutos, como observou Abel.

Com 21 minutos, já perdia por 3 a 0.

O Tricolor jogou um futebol limpo, objetivo, de pé em pé.

Com os dois gols de Dourado e outro (bonito) de Scarpa, a partida já estava resolvida antes mesmo da primeira parada técnica.

Com o time jogando solto, com desenvoltura, vários jogadores sobressaíram.

Lucas, o lateral direito, teve sua melhor atuação pelo Flu.

Atuação destacada teve também todo o meio de campo tricolor, notadamente os equatorianos Orejuela, que deixou o campo aplaudido, e o meia Sornoza, frenético, incansável.

Scarpa e Dourado também estavam no dia. Impressiona a ascensão do atacante.

Ponto para Abel.

E 12 para o Flu, líder inconteste.

Com a primeira colocação assegurada, o técnico já anunciou que vai poupar os titulares na última rodada, contra o Volta Redonda.

Era a ocasião mais adequada, conforme a coluna apontara na postagem passada – não contra Inter.

Osvaldo, que perdeu um pênalti, e companhia terão nova oportunidade de mostrar serviço.

O atacante, que também se desculpou, marcou ainda o quarto, de cabeça, em Xerém.

Abel, por fim, chamou para ele a responsabilidade pela cobrança desperdiçada ao dizer que se esqueceu de dizer na palestra quem deveria ser o batedor.

A confusão vale como boa experiência, já que na quarta-feira, contra o Globo-RN, pela Copa do Brasil, a parada poderá não estar resolvida.

O empate é do Flu, mas a partida é eliminatória, o que faz dela com uma carga de dramaticidade um pouco mais elevada das que foram disputadas até aqui.

Oportunidade ideal de observarmos também a maturidade da jovem equipe do Flu.

Que até aqui merece só elogios.

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